sábado, 22 de julho de 2017

Soure - a capital do Marajó

Quando se fala em Marajó a primeira cidade que me vem à mente é Soure, ela é considerada a capital do Marajó tanto que logo na entrada da cidade podemos ver essa indicação.
Eu até esse momento não tinha o hábito de viajar, por isso viajar sozinha para um lugar distante (sei que para alguns não é distante mas para mim era distante sim) ia ser uma ótima aventura.


 Resolvi viajar sozinha para Soure em julho, nunca havia estado lá antes e só tinha ouvido falar da cidade através de reportagens na televisão e por conhecidos que já tinham viajado para lá.


Logo que cheguei reparei que as ruas não possuem nomes próprios, elas são nomeadas através de numerais, por exemplo: 4 rua, travessa 16. Perguntei para algumas pessoas o porquê das ruas terem sido nomeadas assim mas ninguém soube me explicar.



O Marajó é conhecido por ter búfalos e em Soure não é diferente, eles fazem parte da rotina da cidade. Quando você for lá lembre-se de experimentar o queijo do Marajó e o doce de leite, vale muito a pena.

O grande destaque de Soure é o seu povo que é hospitaleiro, fui muito bem tratada por todos, sempre foram muito gentis comigo e estavam dispostos a me ajudar no que fosse possível.

Soure possui praias mas só fui a uma, a Praia do Pesqueiro, ela está distante 10km da sede da cidade. O lugar é lindo demais e tranquilo também no dia que fui não tinha som alto o que para mim é muito bom pois é possível ficar a vontade lá.


Enquanto eu estive lá o hit foi a música “No meio do pitiu” da Dona Onete, acredito que essa foi a música mais executada nesse período, ela tocava na rádio, nos carros e havia gente cantando ela também.

O único ponto negativo foi a falta de cobertura de sinal de celular da operadora que eu uso, embora ela diga ser “sem fronteiras” o sinal só conectava na orla e caso você queira se comunicar é melhor comprar um chip de uma outra operadora.


Ficar sem conexão nos primeiros dois dias foi difícil (leia a crônica Sem Conexão neste blog) mas depois me acostumei com isso e foi bom porque assim pude aproveitar melhor a minha estadia na cidade.


Foi muito  bom  sair da capital e passar alguns dias lá e viver uma vida pacata, onde o tempo parece que rende mais.



Soure é um lugar incrível e eu recomendo que você visite a cidade, seja  para viajar  sozinho ou acompanhado. Lembre-se de experimentar o queijo do Marajó e de visitar a Praia do Pesqueiro.

terça-feira, 18 de julho de 2017

Crônica: Sem conexão

O sinal caiu e agora não é possível acessar a internet e nem enviar mensagens instantâneas.

Sem conexão, não é possível ver os memes ou os grandes sucessos das últimas horas, sem conexão, não é possível postar fotos (para que postar?) dos momentos e nem acessar o que acontece na rede social e ver as grandes polêmicas dos últimos minutos. As horas parecem passar lentamente por causa da falta de distrações momentâneas e instantâneas.

Sem conexão, a mente viaja entre passado, presente e futuro. Nessa viagem as lembranças surgem e planos são feitos.

A única conexão disponível agora é a conexão consigo mesmo, voltar o olhar para dentro de si e sair do “piloto automático” da rotina que às vezes só é possível em um momento como esse.

Talvez se o sinal voltar tudo volte a ser como era antes ou pode ser que mesmo assim tudo já esteja diferente, pois a grande conexão é a que a gente tem com a gente mesmo.