terça-feira, 18 de julho de 2017

Crônica: Sem conexão

O sinal caiu e agora não é possível acessar a internet e nem enviar mensagens instantâneas.

Sem conexão, não é possível ver os memes ou os grandes sucessos das últimas horas, sem conexão, não é possível postar fotos (para que postar?) dos momentos e nem acessar o que acontece na rede social e ver as grandes polêmicas dos últimos minutos. As horas parecem passar lentamente por causa da falta de distrações momentâneas e instantâneas.

Sem conexão, a mente viaja entre passado, presente e futuro. Nessa viagem as lembranças surgem e planos são feitos.

A única conexão disponível agora é a conexão consigo mesmo, voltar o olhar para dentro de si e sair do “piloto automático” da rotina que às vezes só é possível em um momento como esse.

Talvez se o sinal voltar tudo volte a ser como era antes ou pode ser que mesmo assim tudo já esteja diferente, pois a grande conexão é a que a gente tem com a gente mesmo.

2 comentários:

  1. 'Só um completo idiota morre de tédio', já dizia a letra de um rock nacional. Muitas vezes estamos presos, robotizados e movidos pela 'massagem do ego' que as redes sociais nos proporcionou. Muitas vezes a felicidade é impulsionada pela quantidade de likes das inúmeras postagem diárias. É involuntário, muitas vezes sistema tocos... Às vezes viajar no embaralho da mente, lembranças do passado nos fazem mal, talvez, seja a minha realidade... Um sente impotência, saudade, medo e até nostalgia. Se esse 'piloto automático' não é apenas um mecanismo de autodefesa. Estou perdida em suas palavras, mas uma hora, em um parágrafo e outro encontro-me aqui.

    ResponderExcluir
  2. Tens razão, as redes sociais podem servir de uma "massagem no ego" temporárias. Às a gente vai vivendo de uma forma automática que até esquecemos que enquanto isso a vida vai passando.

    ResponderExcluir