sábado, 12 de setembro de 2020

Solidão? que nada!

 Solidão? que nada!  é uma frase de uma música do Cazuza onde ele fala sobre as dores dele sobre as partidas e chegadas das pessoas na vida dele.

 


Essa frase me veio à mente não no contexto do Cazuza, ela veio depois que lembrei  das viagens que fiz sozinha no passado. Algumas pessoas falaram incrédulas para mim: "mas tu foste sozinha?!" como se ir viajar ou até mesmo ir a eventos sem outra companhia fosse uma coisa ruim a ser evitada a qualquer custo.

 


O tom que ela foi dita me deu a impressão que a ir viajar sozinha demonstra que a pessoa é insuportável e que ninguém quis acompanhá-la. Gosto de fazer as minhas coisas mesmo sem a presença de outras pessoas me acompanhando.

 

Uma das viagens sozinha


 Tenho esse pensamento desde a época que eu era fã da banda Madame Saatan, eu ia para os shows sozinha pois não conhecia ninguém que gostasse da banda então eu ia mesmo assim, não ter companhia nunca foi nenhum empecilho para mim.

 

Madame Saatan

Além disso, tem o fato os meus amigos já serem pessoas comprometidas e que só iriam viajar se o cônjuge fosse junto, o que na maioria das vezes não dá pois cada um tem sua vida e nem sempre podem, tem interesse ou disposição de ir comigo em certos lugares e está tudo bem, não vou romper amizade com ninguém por causa disso.

 

Não me privei de ir viajar ou de ir em eventos por estar sozinha, se eu quero ir, vou mesmo estando sozinha ou acompanhada. Não acho que isso seja solidão e sim fazer o que quer independente de estar com alguém ou não.

 

Balneário Cachoeria do Apolônio


Solidão a meu ver seria ser alguém totalmente isolada, sem amigos sequer para conversar. O que não é o meu caso.  Vou continuar viajando e indo aos eventos independente de estar acompanhada ou não. Solidão? Que nada!.

sexta-feira, 11 de setembro de 2020

Balanço Geral Pará é a mistura de informação e entretenimento

 Em Belém alguns programas de notícias policiais utilizam de momentos cômicos para atenuar o conteúdo violento que vai ao ar todos os dias e para entreter o telespectador, esse fenômeno é conhecido como infoentreternimento.  



Segundo o dicionário infopédia o infoentreternimento pode ser definido como: conteúdo midiático (sobretudo televisivo) concebido para apresentar informação (nomeadamente, notícias) de forma recreativa, à semelhança de um programa de entretenimento.

Um dos precursores do infoentreternimento em Belém na metade dos anos 90 foi o programa Metendo Bronca da RBA retransmissora da Band, nele  eram veiculadas diariamente as notícias de crimes, entre uma reportagem e outra havia o alívio cômico com os personagens Índio Cara de pau que aparecia no programa e cantava algumas músicas, Bobo e Capacidade que eram ajudantes de palco e sempre encenavam situações engraçadas para os telespectadores.

Anaice, Bobo e Capacidade.

Anos depois a TV Record Belém resolveu apostar na mistura de informação e brincadeiras com os antigos apresentadores Valdo Souza e Renê Marcelo do Balanço Geral Pará, eles apresentavam jogos do tipo “encontre o pica-pau diferente na tela e ganhe’’ entre outros jogos, por vezes tinham conversas jocosas com os repórteres com o objetivo de entreter.


Atualmente o Balanço Geral Pará assumiu de vez sua vocação de divertir e passar informação. O programa é apresentado por Marcus Pimenta.

Marcus Pimenta

Pimenta é histriônico, fala tão alto que às vezes é preciso abaixar o volume da televisão para não levar sustos, ele também sabe como prender o público na frente da TV com táticas que me lembra o que o João Kleber fazia nos programas dele.



A melhor parte do programa é quando o Pimenta se junta com as jornalistas Célia Pinho e Tâmara

Célia Pinho e Pimenta

Célia já tem 30 anos de televisão e é uma repórter bastante conhecida em Belém por reportagens engraçadas que ela faz nos bairros da capital, ela fala de forma coloquial e com gírias, o que a aproxima do público.


Ela é uma jornalista popular e faz qualquer tipo de reportagem, uma das que teve mais repercussão na cidade foi quando ela foi até um ponto de alagamento e se molhou por causa das marolas provocadas por caminhões que passavam por lá. Célia ficou indignada e falou bobagens que foram engraçadas e viralizaram na cidade.

Célia na reportagem que viralizou

Tâmara é repórter da redação do Balanço Geral Pará e recentemente se juntou a Célia Pinho para serem responsáveis pelos momentos de humor do programa, elas falam besteiras junto com o Pimenta e alegram o público entre uma reportagem de crimes ou de prestação de serviços.


Nessa semana Célia e Pimenta se reuniram para encenar a extinta banheira do Gugu, Pimenta como de praxe prendeu atenção do público e ficou por duas horas gerando a expectativa dos telespectadores em vê-los nessa situação insólita.

Quando finalmente entraram na piscina de plástico foi o maior sucesso de audiência, na internet o vídeo com esse momento já teve mais de 400 compartilhamentos na página oficial do programa.

O Balanço Geral Pará é um programa exemplo de infoentreternimento e isso sempre fez parte do programa desde a época dos antigos apresentadores Atualmente o Balanço Geral Pará abraçou de vez as brincadeiras misturadas com as notícias. 


Os jornalistas/personagens Marcus Pimenta, Célia Pinho e Tâmara fazem isso muito bem e não tem medo do ridículo para entreter o público.

 

 

 

 

terça-feira, 8 de setembro de 2020

Magno é insubstituível e hoje seria o aniversário dele

 8 de setembro de 2020 e hoje seria o trigésimo quarto aniversário do Magno se ele ainda estivesse entre nós. Magno Gomes de Brito foi um homem singular por sua personalidade.


Ele era o cara que chamava a atenção por onde passava pois era carismático e não passava despercebido aonde chegasse. As pessoas conversavam com ele e se sentiam tão à vontade que ele já virava amigo delas.


Magno carismático e inteligente, sabia conversar sobre os mais variados assuntos, de filosofia existencialista de Jean Paul Sartre a bobagens da TV. Ele era muito humano, sabia ouvir as pessoas como ninguém, ele por vezes dava conselhos quando achava necessário.

Magno foi o meu melhor e maior amigo durante nove anos, nos conhecemos em 2007 e começamos uma amizade que durou até o fim da vida dele. Em 2007 eu era uma adolescente sem amigos e ele foi o meu grande amigo. A gente conversava por horas sobre vários assuntos, eu costumava visitá-lo com frequência e essas visitas eram divertidas e com bate papos que duravam horas. 

Nós costumávamos conversar sobre música, uma das artistas que mais gostávamos de falar era a Anitta, naquela época não perdíamos nenhum clipe dela nem que fosse só para falar mal. Recentemente ouvi acidentalmente a música Na Batida e quase chorei por conta das lembranças que ela me evocou.


Magno foi um cara incrível e a importância dele na minha vida é imensa, ele foi como um irmão mais velho para mim pois me ouvia e se preocupava comigo. Foram nove anos de amizade que eu nunca havia tido na minha vida.

Quando o Magno faleceu em outubro de 2016 ficou um vazio gigantesco na minha vida e eu demorei muito para me recompor, uma dessas tentativas de me ajudar foi criar esse blog Glorious Weirdo, ele surgiu de uma dor dilacerante. Criei o blog com o objetivo de me dar voz para eu falar das coisas que eu queria dizer, mas que ninguém estava interessado em ouvir e eu me sentia sufocada com tanta coisa para falar.

Primeiro post do meu blog que foi criado dois meses depois do falecimento do Magno.

Hoje seria o aniversário do Magno e essa data é dura demais porque estive presente no último aniversário dele, as lembranças batem forte e me fazem chorar, não sei se algum dia irei lembrar dele sem chorar. O que eu sei que ele foi um grande amigo que tive na minha vida.