domingo, 31 de janeiro de 2021

Bridgerton a superestimada série da Netflix

 Bridgerton é uma série de televisão americana de época e produzida por Shonda Rhimes, a mesma que produziu sucessos como Grey´s Anatomy e How to get away with a murder.


A trama é  baseada, na série de livros de mesmo nome escrita por Julia Quinn e é ambientada no mundo da alta sociedade da Regência Britânica, os protagonistas da série são Daphne Bridgerton uma moça de família nobre e do Duque de Hastings, que é o homem mais cobiçado do reino e um solteirão incorrigível. 


Duque e Daphne


Daphne quer casar por amor e por isso rejeita os pretendentes arranjados pela sua família. Um dos candidatos que a cortejam força a barra e põe a honra dela em risco, ela fica em uma posição delicada de não conseguir se casar.



 

Ela e o Duque se aproximam e fazem um plano para enganar os membros da corte e com isso fazer com que Daphne tenha pretendentes mais qualificados para o matrimônio. Porém os dois se apaixonam, embora nenhum deles admita isso. É com essa premissa que parece ter sido tirada de novela das 18h da rede Globo que a história se desenrola.



 

Além dos protagonistas a história é contada por Lady Whitledown uma misteriosa fofoqueira que publica os acontecimentos da realeza em um jornal, ela é sempre muito bem informada e gera curiosidade na trama pois sua identidade ainda é um mistério a ser revelado.




Bridgerton mostra o duplo padrão moral da época, os homens podem fazer o que quiserem enquanto as mulheres devem ser adoráveis e manter a sua honra (virgindade) intacta. Além disso, em algumas falas logo no primeiro episódio Daphne questiona a diferença de papéis que homens e mulheres recebem na sociedade aristocrática.


Daphne e seu irmão

O outro destaque é a beleza do Duque de Hastings se comparado com os outros personagens masculinos, ele se destaca mesmo no meio de vários personagens parecidos uns com os outros.

 



Fica fácil  se destacar no meio de caras tão parecidos e sem sal

O Duque é o mais bonito que todos os personagens masculinos

O que eu não gostei na série além do enredo de novela das 18h da Globo é que os episódios são muito longos, cada um tem 1h de duração  e tem várias cenas que poderiam ser cortadas para que episódio tivesse no máximo 40 minutos. 




Assisti Bridgerton por indicação mas não pretendo assistir a segunda temporada, não gostei muito da série e ela não fez sentido para mim porém pode agradar a outras pessoas que gostem de um ritmo mais lento de narrativa e de histórias ambientadas na realeza britânica.




 

Achei a série superestimada, ela não é ruim tampouco é uma maravilha como muita gente fala, apenas não gostei. Acho que o sucesso que essa série tem feito na Netflix se deve a sintonia entre o casal de protagonistas e também pela beleza do ator que interpreta o Duque de Hastings.

 

sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

Kate Bush - Wuthering Heights continua impressionante 43 anos depois do seu lançamento

 Wuthering  Heights  é uma canção da cantora britânica Kate Bush que foi lançada em 1978 no primeiro álbum da dela intitulado The Kick Inside


A canção é baseada no livro Wuthering Heights que em português é o Morro dos ventos Uivantes e foi escrito por Emily Bronte em 1847.



O livro é sobre a história de amor de Catherine (Cathy)  e Heathcliff, ela morre e fica perto dele  como um espírito obsessor ou como é mais popularmente conhecido como um "encosto" e passa a acompanhá-lo por toda a vida.

Cathy e Heathcliff em uma das várias adaptações do livro.

Kate assistiu a um filme de Wuthering Heights, em seguida leu o livro e em 1977 escreveu a canção de mesmo nome, Kate tinha apenas 18 anos nessa ocasião e escreveu uma letra que homenageia um clássico da literatura inglesa, e não parou por aí.

Em 1978 aos 19 anos de idade gravou o seu primeiro álbum e escolheu que o primeiro single a ser lançado seria Wuthering Heights, a gravadora resistiu mas por fim cedeu a escolha da jovem artista.

The Kick Inside disco que tem Wutheting Heights

Bush estava certa e a canção se tornou um grande hit do ano, essa música é extremamente difícil de cantar por ser num tom muito alto e por exigir o domínio do apoio diagramático.  Além disso, essa música é um desafio para qualquer cantor menos para Kate Bush que gravou o hit em um take só e isso é impressionante.



Outra coisa para se destacar é o clipe  de Wuthering Heights, há duas versões dele uma Kate num vestido branco no estúdio e outra que ela veste um vestido vermelho e está num bosque.

As duas versões do clipe.

A versão que mais gosto é a do vestido branco. Ela está no estúdio preto com um vestido branco, a intenção do clipe é mostrar Kate como o espírito da  Cathy (Catherine) cantando para o Heathcliff deixá-la entrar em casa dela.

No refrão Kate Bush canta “Heathcliff, sou eu, sua Cathy, voltei para casa, estou com tanto frio”, esse trecho vem de uma cena no livro onde um outro  personagem tem um sonho em que a figura fantasmagórica de Cathy voltou para casa de seu túmulo e está implorando para ser aceita de volta por Heathcliff.



Kate canta e interpreta, ela é a própria Cathy e é incrível o trabalho que ela fez de canto, interpretação e dança pois faz coreografias que ajudam a contar a história da canção, simplesmente impressionante ainda mais se lembrarmos que ela tinha apenas 19 anos quando gravou a música e o clipe que foi todo pensado por ela



Quando eu vi esse clipe pela primeira vez lá nos anos 2000 na MTV Brasil eu não entendi nada e achei muito estranho o clipe em si, a coreografia e a interpretação em falsete (na verdade o que ela faz é voz de cabeça e não falsete, mas eu não sabia na época).


Os anos se passaram e eu vi o clipe novamente em 2021 e fiquei encantada com a beleza da música, da letra aos arranjos. O clipe ajuda contar muito bem a história da música.



Em questão de anos a minha percepção mudou e passei a apreciar a música e o clipe, acredito que isso se deva ao pouco de conhecimento que tive sobre técnica vocal e um pouco de maturidade também. Só assim consegui perceber a beleza da canção porque antigamente eu não entendia nada.

Assista abaixo ao clipe Wuthering Heights da Kate Bush.



domingo, 24 de janeiro de 2021

Instituto Butantan e MC Fioti se unem e lançam o hino da vacina contra a covid 19.

 O Instituto Butantan e o MC Fioti fizeram uma parceria e lançaram a música Vacina do Butantan que é uma nova versão do hit de 2017 de Fioti, o  funk Bumbum Tantan. Os dois aproveitaram a semelhança dos nomes do instituto e do do hit e resolveram fazer uma música para conscientizar a população brasileira sobre  a importância de se vacinar e assim controlar a epidemia de covid 19 que assola o Brasil e que já ceifou a vida de  mais de 200 mil brasileiros.

 


O Butantan deu um show de marketing de oportunidade, segundo o jornalista Leandro Abreu o marketing de oportunidade pode ser definido por:A proposta do Marketing de Oportunidade é atrelar um produto, serviço, marca ou empresa a algum elemento de destaque da atualidade. É, portanto, uma maneira interessante de trazer atenção para o negócio, promover suas ideias e aumentar o engajamento dos consumidores”.

 

Diretor do Butantan e Mc Fioti

Achei muito boa a iniciativa  pois passa a mensagem de forma simples e direta e com isso pode fazer com que as pessoas dos grupos prioritários aderirem  a imunização, divulga o instiuto Butantan para um público que não o conhecia e ainda ajuda dar mais visibilidade ao Mc Fioti.

 


Uma curiosidade é que a famosa flauta do funk Bum Bum tan tan  é um trecho da "Partita em Lá menor", escrita pelo alemão Johann Sebastian Bach por volta de 1723. Ele encontrou na internet esse trecho e a partir daí fez tudo sozinho: compôs, cantou e produziu o funk que o tornou famoso em 2017.

 


O clipe chegou a marca de 1 milhão de visualizações em apenas 10 horas, já é sucesso e deve entrar para a história das campanhas de vacinação brasileiras.

 Assista o abaixo uma entrevista com Mc Fioti sobre o clipe Vacina do Butantan



Fonte sobre marketing de oportunidade: https://rockcontent.com/br/blog/marketing-de-oportunidade/

quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

Documentário Admirável Mundo Novo Baiano conta a história dos Novos Baianos.

 Sesc digital apresenta até o dia 6 de fevereiro em seu site o documentário Filhos de João – Admirável Mundo Novo Baiano (2008) que por meio do grupo Novos Baianos mostra como era a música popular brasileira nos anos 1970 além de fazer uma retrospectiva do estilo de vida dos seus integrantes e da influência que João Gilberto teve na música deles.



Logo no começo do documentário traz o depoimento do cantor Tom Zé que  foi o responsável por ensinar o jovem Moraes Moreira a tocar violão e o apresentou a Galvão, posteriormente eles conheceram o Paulinho Boca de Cantor, Pepeu Gomes e Baby Consuelo.



Uma curiosidade é que o nome Baby Consuelo foi tirado de um filme chamado Caveira My Friend, Paulinho Boca de Cantor deu esse nome como sugestão de nome artístico para a Bernadete Dinorah, que ficou nacionalmente conhecida como Baby Consuelo.



Outra coisa legal do documentário é que ele mostra que o cantor João Gilberto foi fundamental para a mudança do som dos Novos Baianos, João foi conhecê-los pessoalmente e deu várias ideias para a banda, entre elas sugeriu que eles usassem pandeiro e cavaquinho nas músicas e segundo o Pepeu Gomes, naquela época esses instrumentos eram conservadores, os jovens não tocavam esses instrumentos.



Antes da influência de João os Novos Baianos tocavam rock, um rock com elementos do Brasil, mas que ainda era rock. Depois eles abraçaram o samba e o chorinho e os misturaram com suas antigas influências e lançaram em 1972 o maravilhoso disco Acabou Chorare.

Acabou Chorare é um disco muito bom, todas as músicas são boas e eu destaco ‘Besta é tu’, ‘Brasil Pandeiro’ e ‘Preta Pretinha’, é um disco alegre e solar que reflete a vida que os integrantes do grupo viviam.



Eu já tive a oportunidade de ouví-lo em vinil original da época, é um disco para se ouvir prestando atenção nas vozes e nos arranjos. Adoro esse disco, é um dos meus favoritos. Se você nunca ouviu o disco, ouça, ele está disponível em todos os serviços de streaming.


segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

Sesc São Paulo apresenta online o filme Um Belo Verão

 O Sesc São Paulo disponibilizou em seu site sesc.digital/home  uma mostra de filmes entre eles estão o Tomates Verdes Fritos (tem post sobre ele aqui no blog) e Um Belo Verão.

Delphine e Carole

Um belo verão é um filme franco-belga que foi lançado no Brasil em 2016. Ele conta a história de Delphine, uma jovem camponesa que se muda para Paris em 1971 para cursar o ensino superior. Lá ela conhece Carole, que é uma mulher casada e membro atuante do movimento feminista da universidade. Porém, uma mudança inesperada na vida de Delphine colocará o amor delas à prova.


Em 1971 os movimentos sociais pelos direitos das mulheres e lgbt estavam mais atuantes  contra o preconceito e a falta de direitos civis. No filme é mostrado as ativistas questionando o porquê as mulheres recebem menos que o homem para exercer o mesmo trabalho, em um outro momento do filme mostra a invasão das ativistas a um manicômio para resgatar um amigo delas que é gay, ele estava preso lá e corria o risco de ser lobotomizado.




Nesse contexto, Carole e Delphine se aproximam, se apaixonam e acabam tendo um tórrido romance, a química entre as personagens é  muito boa e convencem como casal.



Porém, nem tudo são flores e  elas tem que enfrentar o preconceito da família da Delphine, ela própria fica com muito medo da reação da mãe e sofre com olhares  discriminatórios das pessoas da comunidade onde nasceu.




O filme
destaca as duas visões de mundo opostas entre campo e a cidade, é a repressão contra a liberdade sexual, o conservadorismo contra o pensamento progressista.



Outra coisa que destaco é que o filme consegue manter uma narrativa coesa, em vez de ser uma narrativa arrastada como o outros filmes franceses como o Retrato de uma jovem em chamas e Azul é a cor mais quente. 



Para mim o filme traz como mensagem que por mais que as coisas não aconteçam como a gente quer, o mais importante é seguir em frente e não ficar lamentando um passado que não se pode mudar.

 

 Assista abaixo o trailer do filme Um belo verão



Direção:Catherine Corsini

Roteiro:Catherine Corsini

Laurette Polmanss

Elenco:

Cécile de France (Carole)

Izïa Higelin (Delphine)

Noémie Lvovsky

Gênero drama

Distribuição: Pandora Filmes

Idioma: francês

 

terça-feira, 12 de janeiro de 2021

Novela Mulheres Apaixonadas viraliza em 2021 com cena contra a homofobia

 2003 foi um ano bem legal para a cultura pop, nesse ano Pitty lançou seu aclamado cd Admirável Chip Novo, Avril Lavigne fazia o maior sucesso com o seu álbum de pop rock, o Let go. A dupla russa  T.a.t.u  fez um enorme sucesso na música pop e conquistou os EUA, Madonna, Britney Spears e Christina Aguilera chocavam o mundo ao darem o icônico beijo na premiação VMA daquele ano.


2003 também é o ano de uma das novelas que eu mais gostei de assistir na vida que foi Mulheres Apaixonadas. Eu gostava muito da trilha sonora que trazia as músicas mais famosas da época  como Vivir Sin Aire tema de Clara e Rafaela, I´m with you da Avril Lavigne, Disease da banda Matchbox twenty. Elas faziam sucesso no recreio da minha escola de ensino fundamental. Outra coisa que eu gostava eram das histórias apresentadas no folhetim de Manoel Carlos.



Cenas da novela Mulheres Apaixonadas viralizaram nesta semana nas redes sociais. A cena se passava na escola e trazia a diretora Helena (Cristiane Torloni) confrontando a aluna Paulinha (Ana Roberta Gualda) sobre a homofobia da estudante.  Paulinha faz comentários homofóbicos sobre o relacionamento de duas outras alunas, Clara interpretada por Aline Morais e Rafaela que foi interpretada por Paula Picarelli.

As personagens Clara e Rafaela

A cena viralizou porque Helena questiona Paulinha sobre porque ela se incomoda tanto com o relacionamento das colegas e no que isso afeta a vida dela. A sequência é muito boa e mostra um show de interpretação da atriz veterana Cristiane Torloni com a estreante Ana Roberta Gualda que mesmo sendo tão jovem à época conseguiu compor muito bem a personagem e convencer como a odiosa Paulinha.

Cena que viralizou nesta semana

Clara e Paulinha

Mulheres Apaixonadas foi uma novela que trouxe para o horário nobre da TV Globo casal Clara e Rafaela que suscitou debates sobre orientação sexual e preconceito. Foi a primeira novela que eu assisti e que lembro que apresentou  esses temas na a mídia.


Lembro também que na época uma das edições da revista Capricho que trazia a dupla russa T.a.t.u na capa,  tinha uma entrevista com as atrizes Aline Morais e a Paula Picarelli além de uma entrevista de um casal da vida real. Capricho era uma revista para adolescentes bem popular na época e foi importante ela falar sobre preconceito.


Em 2003 a internet ainda não era acessível a todos, não existiam Lan house,os celulares não acessavam a internet, não havia redes sociais  e ainda não existia YouTube. Quem queria saber mais sobre orientação sexual e homofobia tinha que recorrer a livros, revistas impressas e programas de televisão como a novela Mulheres Apaixonadas.


No final da trama ocorreu o tão esperado beijo das personagens, foi uma cena rápida e insípida mas para a época foi um grande avanço mostrar esse beijo no horário nobre da maior emissora de TV do  Brasil.

O tão esperado beijo das persongens

O folhetim de Manoel Carlos  teve uma importância muito grande na época por trazer o tema preconceito para o debate e quase 20 anos depois homofobia  ainda é um tema ainda atual e  mostra que ainda há uma longa jornada contra o preconceito.

Deixo  abaixo um vídeo das cenas de Clara e Paulinha para você relembrar ou ver pela primeira vez como essa personagem era insuportável