terça-feira, 18 de dezembro de 2018

Avril Lavigne lança novo single “Tell me it´s over’’ e mostra amadurecimento musical


A cantora canadense Avril Lavigne voltou para o mundo da música em 2018 e lançou seu single “Head above water’’ em outubro deste ano.  O novo álbum da cantora  será lançado em 15 de fevereiro de 2019.

“Head above water’’foi o seu primeiro lançamento após um hiato de 5 anos, o  single já mostrava que ela estava aberta a novas sonoridades.

Lavigne lançou em dezembro deste ano o seu segundo single, “Tell me it´s over’’ que é diferente de tudo que ela havia feito até então. O single aposta um uma sonoridade que remete ao R&B que era feito por cantoras como Billie Holiday, Ella Fitzgerald, Aretha Franklin e Etta James. Eu não poderia imaginar que Avril tinha essas influências musicais pois sua carreira foi feita em cima do pop-rock, que no início dos anos 2000 era chamado de “Pop punk”e ela era conhecida como a punk princess.

A canadense atualmente está com 34 anos e demorou para amadurecer o seu som pois continuava a fazer músicas pop para o público adolescente, não sei se por escolha dela ou se era imposição contratual da gravadora.

Ela faz agora a transição musical para um som pop mais “adulto”. Avril concedeu uma entrevista para a Billboard onde falou sobre seu novo single: “Tell Me It’s Over” é um hino sobre ser forte, dando finalmente um basta e fechando as portas em um relacionamento, que você sabe que está errado, após cair diversas vezes no jogo”[...] "Eu queria escrever algo clássico e inspirado por algumas das rainhas atemporais que ouço todos os dias na minha casa, como Billie Holiday, Ella Fitzgerald, Aretha Franklin e Etta James. Elas representam mulheres que defendem mulheres e que não toleram mais as babaquices de um homem", completou a cantora.

Tell me it´s over marca uma mudança de sonoridade e de discurso de Avril Lavigne, se antes ela se recusava a amadurecer musicalmente agora faz isso muito bem.





domingo, 25 de novembro de 2018

Dança de salão e seus benefícios

O baile de encerramento da minha turma de dança de salão aconteceu nessa semana. Frequentei as aulas por três meses onde muito sobre a dança, a professora ensinou noções de bachata, brega, bolero, forró, arrocha e zouk.


Para conseguir aprender os passos da dança tive que desenvolver a coordenação motora, ter noção de ritmo e identificar os  tempos e contratempos das músicas,além disso, aprendi prestar atenção no colega que está dançando comigo.


Outra coisa que aprendi ser mais sociável, antigamente eu me escondia das pessoas e das situações e a  dança me ajudou a ter mais autoconfiança.


 Os meus colegas da turma de dança foram parte essencial do meu aprendizado, eles foram maravilhosos comigo, me receberam de braços abertos e em pouco tempo eu já estava interagindo com todos.

A dança de salão me ajudou a melhorar vários aspectos da minha vida, sou muito grata por todos os ensinamentos que aprendi durante as aulas e fico muito feliz comigo mesma por ter decidido encarar uma coisa totalmente nova para mim que foi aprender a dançar.

segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Filme Bohemian Rhapsody apresenta o Queen para um novo público

O filme Bohemian Rhapsody estreou no Brasil no dia 1 de novembro e finalmente os fãs.do grupo puderam assistir ao filme que já havia sido especulado durante anos. Sacha Baron Cohen estava escalado para interpretar o Freddie Mercury mas teve divergências criativas com os membros do Queen, Brian May e Roger Taylor e por isso foi retirado do projeto.



Rami Malek foi escolhido para interpretar o Freddie Mercury e logo levantou desconfianças de alguns fãs da banda que não o achavam parecido com o cantor. Malek fez um excelente trabalho ao interpretar Freddie Mercury até os movimentos corporais do cantor ele conseguiu reproduzir muito bem, para isso ele teve a ajuda de uma movement coach que  o ajudou a aprender todas as movimentações que o cantor fazia no palco.
 
Freddie Mercury - Rami Malek
O filme mostra a formação da banda, apresenta a Mary Austin que foi a grande amiga do Freddie, mostra o lançamento dos primeiros discos, também o auge e alguns problemas que a banda teve.

Freddie Mercury (Rami Malek) e Mary Austin ( Lucy Boynton)

A intenção do filme é apresentar o Queen para um público que ainda não o conhece e faz isso muito bem pois consegue recriar como o Queen se apresentava nos shows. As cenas do Live Aid são incríveis e conseguem mostrar toda a maestria do grupo no palco e o magnetismo do Freddie Mercury que conseguiu fazer que o estádio de Wembley inteiro interagisse com ele como na parte que o estágio inteiro bate palmas no ritmo da canção Rádio Gaga.


Se você conhece a história da banda vai perceber muitas incongruências cronológicas como nos lançamentos das músicas, por exemplo a música “Another one bites the dust” faz parte do disco “The Game” de 1980 porém o filme dá a entender que ela foi lançada bem depois ou quando o filme mostra o Queen nos anos 70 no primeiro Rock in Rio que na verdade aconteceu em 1985. A reunião que os integrantes fazem para decidir que todos os membros do Queen seriam creditados como compositores não importando quem tivesse escrito a música ocorreu em 1989 durante as gravações do álbum The Miracle e não em 1985.


Essas licenças poéticas sobre a cronologia dos fatos apresentados no filme me confundiu um pouco, tinha vezes que eu não sabia em que ano estava se passando a história.


O filme decidiu não explorar muitas polêmicas da carreira da banda como o fiasco de vendas do álbum “Hot Space” que gerou problemas entre os integrantes ou como o Queen ficou mau visto com a imprensa inglesa ao aceitar tocar na África do sul no auge do Apartheid enquanto vários artistas estavam se recusando a tocar lá como forma de boicote ao regime político vigente naquele momento.
 
Cena do filme representado o show no Live Aid
Brian e Roger resolveram fazer um filme que pudesse atingir o maior número de pessoas possível e por isso se esquivaram de mostrar a história da banda como ela realmente foi.


Se você já é fã do Queen e quer saber mais sobre a biografia do grupo é melhor assistir os documentários já lançados.
Para quem não conhece a história do Queen é um bom entretenimento pois apresenta o melhor da banda.
Brian May e Roger Taylor quiseram por meio deste filme apresentar o Queen para novas gerações ao invés de fazer uma cinebiografia de verdade. O filme é nota 10 como entretenimento e eu sugiro que assista para tirar as suas próprias conclusões.


Título original: Bohemian Rhapsody
Nacionalidade: EUA
Gêneros: Biografia, Musical, Drama
Ano de produção: 2018
Estréia: 01 de novembro de 2018 (Brasil)
Duração:  2h 14min
Classificação: 14 anos
Direção: Dexter Fletcher, Bryan Singer
Roteiro: Anthony McCarten, Anthony McCarten

Produção: Robert De Niro, Bryan Singer, Jim Beach, Richard Hewitt, Graham King, Brian May, Arnon Milchan, Denis O’Sullivan, Peter Oberth, Jane Rosenthal, Roger Taylor


terça-feira, 23 de outubro de 2018

Magno: 2 anos de saudades

Hoje fez dois anos do falecimento do Magno e eu sinto saudades dele.
Sinto saudades de poder conversar com ele, a gente se encontrava e eram horas e horas de conversas sobre os mais variados assuntos, ele era um cara muito bem humorado e fazia imitações hilárias.


Ele era a pessoa que eu mais confiava e conversava, eu contava para ele de coisas sérias da vida a bobagens da televisão, ele me ouvia com atenção, não me interrompia tampouco me julgava.
Ele ficava atento às coisas que eu contava e só depois de me escutar  dava alguma sugestão ou algum alerta. Acima de tudo era um grande ouvinte, coisa que é rara de encontrar nos dias de hoje

Sinto muita falta dele, ele teve um papel fundamental na minha vida, sem a amizade ele tudo poderia ter sido diferente ou até mesmo eu não estivesse mais aqui, ele é um cara único e insubstituível.
Foram 9 anos de amizade, 9 anos de uma grande amizade e companheirismo que não se encontra por aí com facilidade, 9 anos que eu pude ter a sorte de ter um grande amigo como ele.
Imagem meramente ilustrativa
Digo que ele foi um irmão mais velho para mim, que estava sempre presente na minha vida e que sempre  torceu pela minha felicidade.
Sinto saudades de poder contar as coisas que acontecem na vida,  de conversar sobre música, de ouvir as histórias dele, os conselhos, os alertas, as imitações hilárias que ele fazia.


Faz dois anos que ele se foi e a saudade permanece. Agradeço a vida por ter me permitindo ter um grande amigo como ele.

segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Análise do clipe 'Head Above Water' da Avril Lavigne

Avril Lavigne lançou na semana passada o clipe de Head Above Water seu novo single após 5 anos sem lançar músicas novas. A letra da canção foi composta pela própria cantora, ela fala sobre os piores momentos que sofreu durante a doença de Lyme. Avril continua com o tratamento da doença porém atualmente está com a saúde estável, a letra é muito emocionante, acredito até quem não entende inglês consegue sentir a emoção da Avril na música.

Antes do lançamento do single a cantora divulgou uma carta aberta aos fãs:
“Cinco anos se passaram desde que eu lancei meu último álbum. Passei os últimos anos em casa lutando contra a doença de Lyme. Aqueles foram os piores anos da minha vida, enquanto eu passava por batalhas físicas e emocionais. Eu fui capaz de transformar essa luta em música de que eu realmente me orgulho. Eu escrevi músicas na minha cama e no sofá e gravei lá também. Palavras e letras que eram tão verdadeiras para minha experiência vieram de mim sem esforço. Verdadeiramente … mantendo meu ânimo, tendo metas para alcançar e um propósito para viver, minha música ajudou a me curar e me manter vivo. A primeira música que eu escolhi lançar é chamada de “Head Above Water”. É também a primeira música que eu escrevi da minha cama durante um dos momentos mais assustadores da minha vida’’.

 O clipe foi gravado na Islândia com uma dublê pois Avril ainda não pode fazer viagens tão longas, as cenas aonde ela aparece foram gravadas com um fundo verde e a cena que ela aparece mergulhando foram gravadas na piscina da casa dela.


No começo do clipe vemos Avril sozinha em uma caverna segurando uma lanterna de querosene, essa cena representa o momento em que nem ela nem os médicos sabiam qual doença ela tinha. A escuridão simboliza a falta ignorância sobre a doença, onde alguns médicos chegaram a pensar que ela não tinha enfermidade alguma e que os sintomas eram psicológicos.


A lanterna de querosene que ela carrega desde a primeira cena na caverna simboliza a esperança que ela tinha de ter um diagnóstico de qual doença ela foi acometida. O vestido branco que a cantora usa simboliza o renascimento dela.

Durante o clipe Avril sai correndo pela praia carregando a lanterna e permanece com ela o clipe inteiro, nesse momento a lanterna representa a fé que ela teve durante os momentos mais críticos da doença. A lanterna é simboliza a esperança de dela se manter viva.

A cena em que ela mergulha na água representa a sensação que ela teve de estar morrendo, como ela escreveu nesse trecho da carta aos fãs: “Eu tinha aceitado a morte e podia sentir meu corpo se desligando. Eu senti como se estivesse me afogando. Como se eu estivesse indo debaixo d’água e eu só precisei respirar. Como se eu estivesse em um rio sendo puxado por uma corrente. Incapaz de respirar”.



Head above Water é uma música emocionante e um clipe rico de simbolismos, Avril mostra ao mundo sua batalha contra a doença de Lyme e fez dessa música o seu retorno no mundo da música. No final do clipe divulga a sua fundação a theavrillavignefoundation.org que divulga informações e apoia pessoas que sofrem da mesma doença.

segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Avril Lavigne lança novo single ''Head above water'' e tenta retomar a carreira e seu público

Se você  foi criança ou adolescente nos anos 2000 provavelmente ouviu falar ou ouviu algumas músicas da cantora canadense Avril Lavigne. Ela fez muito sucesso nessa década com seus cds “Let go” de 2002 e “Under my skin” de 2004  de onde saíram hits como “Complicated” ;“I'm with you” ;“Skater boy”; “My Happy ending” ; “Don't Tell me” entre outros, as músicas dela eram presença frequente na programação da MTV Brasil da época e fizeram muito sucesso nos programas “Disk MTV” e “Top 10 MTV” que eram paradas de sucesso de videoclipes.

Depois do sucesso dos dois primeiros álbuns citados anteriormente Avril lançou outros dois discos que não fizeram o mesmo sucesso dos anteriores, o último disco que foi lançado em 2013 parecia que a cantora ou a sua gestão de carreira não queriam que ela fosse vista como adulta e então ela continuava a apostar em uma imagem de adolescente embora já tivesse mais de 25 anos.
Os fãs da época dos dois primeiros discos já haviam se tornado adultos e aquelas músicas do disco de 2013 não refletiam o que eles eram e não fez tanto sucesso.
Avril Lavigne em 2018
Em 2015 a artista comunicou a imprensa que sofre com a doença de Lyme, a doença causa uma irritação na pele, dores nas articulações e músculos, dor de cabeça, fraqueza de um membro ou inchaço nas articulações. Em casos mais graves, pode causar problemas neurológicos, paralisia temporária de parte do rosto, dormência ou fraqueza dos membros, prejuízo aos movimentos musculares, problemas cardíacos, inflamação nos olhos, no fígado e fadiga severa. Devido ao diagnóstico e o tratamento da doença, Avril entrou em um hiato que durou anos.


Eis que em 2018 ela ressurge no mundo da música depois de 5 anos sem lançar músicas inéditas e lança o seu novo single “Head above water”, nome da canção escolhida para ser o single significa  literalmente “manter a cabeça fora da água’’ o que faz uma alusão a doença de Lyme que ela vem se tratando durante os anos, ela tenta se manter bem e não sucumbir as grandes dificuldades impostas por ela. Esse  single é uma tentativa dela ficar bem, retomar a carreira e reencontrar o seu público.
Se você não ouviu o novo single da Avril Lavigne “Head over water” ouça e depois deixe  nos comentários a sua opinião sobre ele.


domingo, 2 de setembro de 2018

Rouge mostra amadurecimento musical em "Dona da minha vida''


Rouge lançou “Dona da minha vida” seu novo single, ele representa uma nova fase do grupo mais madura e  contemporânea.
Quando o nome da nova música foi lançado eu não gostei pois “Dona da minha vida” me pareceu nome de música de sofrência e ainda me remeteu as novelas mexicanas que o SBT exibe.

Sofrência não tem nada a ver com a música do Rouge, o single  é um pop moderno e adulto, o grupo mostra que cresceu e amadureceu musicalmente, os tempos de músicas  que o Rick Bonadio produziu voltadas para o público infanto juvenil  foram encerradas no último show da turnê dos 15 anos do lançamento do primeiro cd delas.

Em “Dona da minha vida” o Rouge mostra que continua cantando muito bem e que as harmonias estão impecáveis, a letra da canção traz uma mensagem de superação de relacionamentos abusivos ou de outros problemas o que faz com que muitas pessoas possam se identificar com a canção. 

Um fato curioso é que a parte que a Luciana canta é a “voltei e agora vou por cima” pode ser interpretada como um desabafo pois ela saiu de forma repentina do Rouge no auge do sucesso e a imprensa da época a criticou bastante, ela tinha saído “por baixo” quando deixou o grupo.

O clipe foi dirigido pela produtora Os Primos que dirigiu o clipe anterior delas o “Bailando” e também  dirigiu clipes de artistas como Pablo Vittar, Luan Santana e Wanessa Camargo.
 Os Primos conseguiram fazer uma produção cinematográfica no clipe de “Dona da minha vida” que conseguiu conversar muito bem com a mensagem da letra da música, destaco também a fotografia espetacular desse clipe, é simplesmente maravilhoso, parece que estamos assistindo um vídeo de um grupo americano por causa da excelente qualidade.

No clipe de percebi uma referência do figurino branco delas, o vestuário faz alusão ao figurino  das guerreiras amazonas do filme da Mulher Maravilha e do clipe “That's my girl” do Fifth Harmony, talvez o diretor tenha usado essas referências mesmo. 
Fifth Harmony - That´s my girl

Quando o grupo está marchando roupas brancas pelas ruas há a presença de alguns homens na marcha junto com elas, acredito que os diretores tenham colocado isso como uma mensagem de que homens e mulheres precisam lutar juntos para superar o machismo.

O figurino de Li Martins a deixa com um seio de fora e segundo ela isso foi uma maneira de fazer um protesto em favor da amamentação em público pois ela disse ter sofrido preconceito por amamentar a filha, ela quis que o figurino dela passasse uma imagem delicada e forte que é a imagem dela como mãe.

Gostei dessa nova música e curiosa para saber como serão as demais músicas já que há a possibilidade de elas lançarem um novo disco. E você o que achou do novo single do Rouge “Dona da minha vida”?

sábado, 11 de agosto de 2018

Sammliz encerra o ciclo do disco Mamba

Em agosto de 2016 Sammliz lançou Mamba seu primeiro disco solo, esse álbum era muito aguardado por mim pois queria saber como seria a sonoridade do disco, se ela iria continuar com o rock pesado da sua antiga banda a Madame Saatan ou se iria fazer um som bem diferente do seu antigo grupo. Mamba me surpreendeu por ter uma sonoridade distinta do que a Sammliz vinha fazendo até então. Me chamou a atenção o conceito que a Sammliz decidiu colocar no disco que é o feminino e suas nuances coisa que não era possível na Madame Saatan, aliás tem apenas uma música assim na discografia da banda que é a Messalina Blues.


As letras do Mamba são contadas a partir de vários eu-líricos feminino cada música tem história diferentes, temos a mulher que fracassou no relacionamento, a obsessiva, a que superou problemas, a divindade africana, a deusa romana entre outras que muitas pessoas poderão se identificar com alguma delas.  Eu ouvia o disco e analisava as letras, algumas analises publiquei aqui no blog.


Eu cheguei a conversar com o Magno algumas vezes sobre esse disco, a gente trocava impressões e a respeito do álbum.  Nessa época eu não pensava ter um blog mas eis que outubro de 2016 ele se foi e em dezembro do mesmo ano decidi criar o blog Glorious Weirdo como uma forma de me ajudar a lidar com o luto. A primeira publicação do blog foi sobre “Sammliz se reiventa musicalmente ao lançar seu disco Mamba’’. 

Em abril de 2017 enviei a resenha para a própria cantora que gostou e publicou na sua página do Facebook, o resultado  foi um grande sucesso e até hoje essa resenha é a mais lida do blog Glorious Weirdo.


A minha música favorita continua sendo Fucking Lovers, ela é rica em imagens como “as sete saias girando”, “ morte da estrela nos olhos dela” e a grande sacada de colocar a frase “por dentro há nós morrendo em quantos” essa é uma sintaxe que não existe em língua portuguesa mas que foi utilizada em prol da mensagem da música e eu acredito que por causa da métrica também. Se a gente for colocar a frase na sintaxe usual teremos “por dentro (de) nós há quantos morrendo” porém não temos o mesmo efeito poético da frase usada pela artista nessa canção.
Continuo achando que essa faixa iria render um excelente videoclipe pois é a melhor faixa do disco na minha opinião.


Outro ponto que também foi abordado no disco foi uma influência de elementos afro-brasileiros, como em Oya onde Sammliz dá voz a própria divindade como personagem central da música e em outras faixas do disco é comum a menção a raios, trovões, tempestades que são elementos da natureza relacionados com o orixá Oya.


Uma coisa que eu não entendi até agora foi porque a faixa “Ano novo” é a faixa número 9 e não a última faixa do disco pois eu acho que ficaria melhor assim, já que a faixa fala de encerramentos de ciclos. Essa escolha talvez só a própria Sammliz possa me responder pois não acredito que essa música tenha sido colocada aleatoriamente.
Nada é por acaso nesse disco tudo foi bem elaborado e faz parte do conceito de explorar o feminino e suas vertentes. Tudo tem um significado, o nome do disco, a foto de capa, o adereço de cabeça que ela usou na foto, as cores escolhidas para a foto, os nomes das canções, as letras... tudo é rico de referências.



Eis que em agosto de 2018 a Sammliz anunciou o fim do ciclo Mamba e agora se dedicará a compor e produzir novas canções, assim como a serpente africana ela "trocará de pele'' e no próximo ano lançará um novo disco, ainda não sei qual será o conceito artístico desse novo trabalho, o que eu sei é que ela tem a capacidade de reinventar e surpreender a todos.

Se você quer saber mais sobre o Mamba leia aqui no blog a resenha e as análises de letras de músicas desse disco.

sábado, 4 de agosto de 2018

Estranhos conhecidos

Fomos embora e agora somos meros estranhos, uns estranhos conhecidos, mas sobretudo estranhos agora.

Eu mudei e você mudou também, não somos as mesmas pessoas de outrora

Eis que surge uma ligação inesperada derivada de um mal-entendido que não foi entendido até agora, atendo o telefone e converso com o meu interlocutor com se ele fosse uma pessoa comum, quem ouvisse a conversa nem diria que esses dois tinham sido um casal num passado nem tão distante assim, tamanho o estranhamento causado após ouvir a voz um do outro.

Eu te chamo de “cara” durante a ligação e me dou conta que a vida mudou tão rápido ao ponto de agora tu seres somente um “cara” na minha vida. Pergunto como você está, só por pura cordialidade mesmo e você me responde educadamente apenas para “cumprir tabela” como se diz no jargão do futebol. A gente desliga o telefone e seguro para não chorar.

segunda-feira, 30 de julho de 2018

Novos Baianos - Acabou Chorare: a alegria em forma de disco

Neste ano eu descobri o gosto por vinis, tenho ido com frequência a fonoteca do Centur para ouvir os discos. Já ouvi vários como Queen,Beatles, Cyndi Lauper, Madonna, Rita Lee  entre outros artistas.


Um dos discos que mais gostei foi um disco nacional, o Acabou Chorare dos Novos Baianos, eu já tinha ouvido falar desse álbum e até conhecia 3 músicas por meio de covers de outros artistas. Novos Baianos é uma banda que foi criada na Bahia em 1969. Ela é formada por Moraes Moreira (compositor, vocal e violão), BabyConsuelo (vocal), Pepeu Gomes (Guitarra), Paulinho Boca de Cantor (vocal), Dadi (baixo) e Luiz Galvão (vocal). 

O segundo disco do grupo, Acabou Chorare foi lançado em 1972 e usa guitarra, baixo e bateria junto com cavaquinho, chocalho, triângulo, pandeiro e agogô e faz uma mistura de rock, samba e ritmos nordestinos.O resultado é um som único.

Todas as músicas são maravilhosas mas as minhas preferidas são “Brasil Pandeiro, “Tinindo trincando” e “Besta é tu”. As duas músicas tem os vocais da Baby do Brasil (que na época era chamada de Baby Consuelo), os vocais dela harmonizam perfeitamente os vocais dos demais integrantes.



Esse é um disco muito bom, todas as canções são excelentes, os arranjos das músicas é de um primor incrível. É um disco muito alegre, alto astral e que transmite a atmosfera de alegria que os integrantes viviam na época do disco. Ao ouvir o disco tenho a nítida impressão que ele foi produzido e gravado da maneira mais espontânea possível pois o disco transmite uma leveza e um bom humor únicos.

Eu amei esse disco, tanto que penso comprar um toca discos para poder ouvi-lo o mais vezes
Se você não conhece esse disco dos Novos Baianos recomendo que ouça essa verdadeira obra prima da música brasileira.


sexta-feira, 15 de junho de 2018

Fleetwood Mac no disco Rumors: do caos à obra-prima

Fleetwood Mac é uma banda anglo-americana formada em 1967 e teve várias formações porém a mais bem sucedida contava com Lindsey Buckingham, Stevie Nicks, John McVie, Mick Fleetwood e Christine McVie.
Em 1977 eles lançaram o décimo álbum da banda chamado “Rumors”, ela passava por um momento bastante crítico por conta dos divórcios dos integrantes, o clima era de caos entre eles, esse momento de grandes conflitos emocionais acabou gerando um dos melhores álbuns da história do rock.

Já tinha ouvido falar desse disco antes mas só agora decidi ouví-lo e gostei muito, as músicas são maravilhosas, os arranjos e as letras são muito boas. 
Eu destaco as faixas “Go your own way’’, “Dreams” e “The Chain” que foram as que eu mais gostei, “Go your own way’’ é ótima de cantar e a melodia e as linhas de baixo do Jonh McVie  são incríveis, meu instrumento favorito é o baixo e eu adorei o som do instrumento nessa música.

 O Lindsey Buckingham compôs a letra que fala do divórcio dele com  a Stevie Nicks. Ela não gostou quando Buckingham trouxe a canção para as gravações do disco pois a letra era claramente sobre ela.

“Dreams” foi composta e cantada pela Stevie Nicks nele ela fala do fim do relacionamento com o Lindsay Buckingham de forma sutil, diferentemente de Buckingham que foi muito direto em “Go your own way”.

“The Chain’’ é creditada a todos os integrantes da banda,  Stevie Nicks e Lindsey Buckinham compartilham os vocais na música. 
Segundo o site Songfacts: “partes de diferentes  músicas  foram unidas para formar a faixa. A linha de baixo que chega a cerca de 3 minutos da música foi escrita independentemente por John McVie, que originalmente planejava usá-la em uma outra música".


Defino o disco “Rumors’’ como agridoce porque no decorrer das canções do disco é perceptível os momentos de doçura e amargura, assim como claridade alternando com momentos sombrios.

Todo o drama e conflitos emocionais vividos pelos integrantes do Fleetwood Mac gerou um disco excelente. O álbum “Rumors’’ completou em 2017, 40 anos de lançamento e deixou sua marca como um dos melhores disco de rock de todos os tempos.


Citação retirada do site Songfacts: http://www.songfacts.com/detail.php?id=3694