segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

Crônica: 2020 e 1997 em paralelo


Estive recentemente em um aniversário de criança, fazia mais de dez anos que eu não ia em um.


Estou distante desse universo infantil há bastante tempo pois vivo no mundo dos adultos onde caso não haja cuidado e atenção, a vida pode se resumir apenas em pagar boletos e resolver os mais variados tipos de problemas.
Apesar disso eu já tinha ideia de como seria graças aos aniversários infantis que fui em um passado longínquo.

Cheguei lá e estava tudo muito bonito, as crianças estavam alegres e empolgadas em participar das brincadeiras propostas pela animadora da festa. 


Em uma determinado momento de uma das brincadeiras tive a sensação de já ter vivido aquilo antes, procurei nos recônditos da memória e achei uma lembrança da segunda metade dos anos 90, eu era criança e frequentava festas infantis, lá tinha a brincadeira onde animadora pedia um objeto e as crianças tinham que consegui-lo com os adultos, quem o trouxesse primeiro iria ganhar um prêmio, lembrei que corria igual as crianças dessa festa de 2020 para conseguir rápido o objeto.

Os adultos das festas dos anos 90 ficavam sentados à mesa e falavam sobre a vida e alguns reclamavam do joelho e eu agora estava na mesma posição deles, sentada à mesa vendo as crianças correrem, eu conversava sobre a vida com um amigo mas não reclamei dos meus joelhos que graças a deus estão muito bons porém reclamava do meu colesterol alto.

 Passado e presente se misturavam na minha cabeça na hora, vi no presente uma cena típica do passado nos anos 90  presente  em 2020, dois anos distintos estavam em paralelo no mesmo local.


As brincadeiras continuaram e houve uma que o DJ tocava uma música tema  e os convidados tinham que acertar de qual desenho, filme ou novela a música era. Ele tocou a música tema do desenho Cavaleiros do Zodíaco e eu pensei comigo: "as crianças não conhecem esse desenho, isso é da infância do pai da criança" e foi o que aconteceu, nenhuma criança sabia o que era, quem acertou foi alguém que poderia ser pai de alguma delas.

Em seguida o DJ tocou a música tema de uma novela do SBT, eu fui lá e acertei que era da novela Café com aroma de mulher e ganhei um prêmio.


Fui curioso ver que embora os anos tenham passado algumas coisas não mudaram como os adultos falarem das suas vidas e as brincadeiras de aniversário de criança.

sábado, 18 de janeiro de 2020

Resenha do filme Frozen II: Elsa e Anna em busca da verdade


Frozen II  estreou nos cinemas brasileiros no dia 2 de janeiro de 2020 e desde então tem sido um sucesso de bilheteria. Nessa continuação do filme de 2013 Elsa e Anna começam uma nova aventura, desta vez elas irão às profundezas da floresta vizinha a  sua terra natal, Arendelle, e têm como objetivo descobrir a verdade sobre um inquietante mistério que afeta seu reino e a origem dos poderes de Elsa.



Assisti ao filme na versão dublada e destaco pontos positivos e negativos da animação.
Pontos positivos: 

O amor fraternal de Elsa e Anna é o grande destaque do filme, elas superam várias adversidades e desentendimentos em prol do amor que elas têm, é bonito ver isso e passa uma mensagem para as crianças de que o amor é a base de tudo.



O novo longa metragem está muito mais bonito e incrível que o filme anterior graças aos avanços nas  técnicas mais avançadas de animação desde 2013. Nessa nova animação há cenas belíssimas e ricas em detalhes como luzes e brilhos, as cenas são impressionantes.



Olaf tem mais cenas nessa nova animação e está muito mais engraçado, as cenas de humor são todas dele. Fábio Porchat foi quem dublou o personagem e fez um excelente trabalho, a dublagem feita por ele foi determinante para que o boneco de neve conseguisse ser o responsável pelas cenas de humor do filme.



Outra coisa que vale a pena destacar são as cenas de Olaf e Anna quando eles fazem reflexões sobre a vida e que nada é permanente, tudo está em constante mudança.



Pontos negativos:

O filme demora para engrenar e chega até ser enfadonho por alguns momentos, lembro que cochilei durante alguns segundos na parte que eles vão para a floresta e ficam
andando por lá.

As músicas são onipresentes dos filmes da Disney e em Frozen 2 não é diferente porém elasnão funcionaram muito bem nesse filme e me passaram a impressão que foram colocadas para suprir lacunas de narrativa, é o famoso "encher linguiça".


Ainda sobreas músicas, elas são muito fraquinhas e não tem nenhuma que seja tão boa e marcante como a canção Let It Go do filme anterior. Além disso a música do Kristoff é de um romantismo piegas que parece que foi obtida no repertório do cantor Fábio Jr. Como assisti ao filme na versão dublada poder ser que na versão original as canções sejam melhores. 



 De qualquer forma recomendo que você assista Frozen II e tire as suas próprias conclusões.


sábado, 4 de janeiro de 2020

O que é reciprocidade?


A palavra reciprocidade está em evidência nas redes sociais e é fácil encontrar frases de efeito com essa palavra: "aonde não houver reciprocidade não te demores", "tudo cansa quando não é recíproco" ou ainda "se a reciprocidade não está sendo apresentada se retire da mesa".


De acordo com o dicionário online a definição de reciprocidade é esta: "reciprocidade é um substantivo feminino com origem na palavra em Latim reciprocus, que significa “alternante, respondendo da mesma maneira, mútuo”.
Pela definição do dicionário vemos que reciprocidade é uma alternância, algo que responde da mesma maneira. Na vida cotidiana a reciprocidade pode se fazer presente ou não.


Muitas vezes a falta dela pode ser percebida como falta de interesse, quando a pessoa que era considerada amiga se recusa a comparecer em eventos importantes para o então amigo por não poder ir por diversos motivos alegados, mas que no dia seguinte está em baladas com outras pessoas mostra que não há mesma atribuição de importância entre eles.


Se você está interessado em alguém e essa pessoa se recusa a responder suas mensagens ou quando o faz é após dias da tentativa de contato, isso é um sinal claro que não há interesse da parte dela, não há correspondência de intenções e talvez a melhor coisa seja aceitar o recado não verbal e deixar de insistir.


Insistir em alguém que dá sinais claros que não está interessado em nós na falsa esperança de "fazê-la mudar de ideia" é perda de tempo, além de ser ruim para aquele que insiste pois essa pessoa pode acabar se autodepreciar, se machucar  e abalar a sua própria autoestima.
  

Reciprocidade quando acontece é natural, fácil, não precisa forçar  e nem cobrar o que deveria ser ser espontâneo.