quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Liga da Justiça: um equívoco da DC

Quando o foi anunciado que iria ser feito um filme da Liga da Justiça havia uma grande expectativa sobre como seria essa adaptação para o cinema.
Eis que o filme foi lançado e ficou aquém das expectativas dos fãs, Liga da Justiça foi um erro cinematográfico da DC que havia obtido um grande sucesso com o filme da Mulher Maravilha meses antes.

O filme da Liga da Justiça é equívoco, a começar por Ben Affleck no papel de Batman, o ator não consegue convencer na pele de Bruce Wayne, o Batman de Affleck é fraco e faz várias piadinhas sem graça durante todo o filme, Affleck não foi uma boa escolha para o papel.

No filme Batman decide organizar os heróis na Liga e tenta liderá-los mas não aptidão para liderança e se dá conta que ele e os demais heróis não são capazes de derrotar o Lobo da Estepe, por isso decide ressuscitar o Superman pois segundo Bruce Wayne “ ele é mais humano do que eu” e por isso saberia como lidar com a equipe e com a situação que estavam enfrentando.

O Aquaman no filme é um personagem que não acrescenta muito no filme, tanto faz  estar em cena ou não, ele teve poucas falas durante o filme e ficou parecendo que a função do Aquaman era ficar fazendo cara de mau e sem camisa.

Mulher Maravilha é a que está mais razoável no filme, as suas cenas são as melhores mas ela não ganhou muito espaço no longa, afinal havia muitos personagens para serem apresentados.




O vilão Lobo da Estepe no filme é um vilão que foi mal desenvolvido durante a narrativa do filme, parece que escreveram o personagem de qualquer jeito. O objetivo dele era obter as três caixas maternas, artefatos poderosos que quando reunidos podem promover a destruição do mundo. As caixas estavam guardadas em três locais diferentes: Ilha das Amazonas, Atlantis e a última foi escondida pelos homens.
A história do filme é bem fraca e parece que foi escrita às pressas e por isso tem um enredo decepcionante, faltou elaborar mais a história ou pode ter sido escolha do diretor deixar o filme desse jeito.

DC se equivocou com a Liga da Justiça, tentou apresentar todos os heróis de uma vez em um curto espaço de tempo ao invés de fazer um filme solo de cada herói e depois fazer o filme da Liga. Além disso, a  DC quis copiar o humor que a Marvel costuma colocar nos seus filmes mas não funcionou de jeito nenhum.

Os super-heróis foram mal aproveitados no filme. O filme tinha Mulher Maravilha, Batman, Flash, Cyborg e Aquaman mas quem resolve o problema com o vilão é o Superman que foi ressuscitado pelos integrantes da Liga, se o Superman não estivesse ali os demais não seriam capazes de derrotar o Lobo da estepe.
DC se equivocou ao fazer o filme da Liga da Justiça, ele ficou aquém do que se esperava, talvez a empresa pudesse aprender com a Marvel como fazer um filme de super-herói.


terça-feira, 24 de outubro de 2017

1 ano sem o Magno

Ontem fez um ano que o Magno se foi, nós fomos amigos por 9 anos e durante todo esse tempo ele foi um grande amigo, foi como um irmão mais velho para mim. As nossas conversas duravam horas e conversávamos sobre todos os assuntos possíveis, cada vez que a gente se encontrava era muito alegre, eu contava as minhas histórias e ele contava as dele, ríamos muito, era muito divertido. Além disso ele me dava conselhos, alertava sobre perigos e tinha uma grande capacidade de analisar situações e tempos depois elas aconteciam do jeito que ele havia falado.


Música era um dos nossos assuntos favoritos, adorávamos não gostar da Anitta, sempre comentávamos sobre ela e suas músicas, embora não gostássemos, não perdíamos nenhum clipe dela
Magno surgiu em minha vida no momento que eu mais precisava, ele foi um grande amigo que me ajudou a ser mais sociável e a me expressar mais, a importância e contribuição dele na minha vida é imensa, muita coisa que entendi e superei eu aprendi com ele.
Ele era um cara carismático e engraçado, não passava despercebido em nenhum lugar que fosse, encantava a todos com o seu grande conhecimento sobre uma grande variedade de assuntos e persuasão. 
Foram muitos anos de amizade e convivência, anos que passei por várias fases e ele acompanhou todas de perto.
Criei esse blog como uma maneira de lidar com o luto, decidi transformar o luto em algo bom e por isso comecei a escrever aqui sobre assuntos que a gente costumava a conversar. Sei que ele gostaria que eu ficasse bem pois era isso que ele sempre queria para mim.

Faz ano que ele se foi e eu guardo comigo as lembranças dos inúmeros momentos bons que vivemos.

domingo, 17 de setembro de 2017

Análise da canção: Rose-Colored Boy - Paramore

Rose Colored Boy é uma música do disco After Laughter da banda Paramore que foi lançado em 2017, o disco marca uma mudança na sonoridade da banda (leia mais sobre aqui neste blog no post Paramore ressurge e tenta reiventar sua música).

 A faixa tem muita influência da sonoridade da música pop dos anos 80 e o sintetizador remete a essa década, a melodia da música é bem alegre o que é um contraste com a letra da canção.

O título da canção Rose-colored boy tem dois significados, pode ser um cara que tenha a pele em um tom de cor de rosa mas no caso da letra se refere ao amigo do eu-lírico que é sempre otimista e vê “tudo cor de rosa” ou seja é alguém que sempre percebe o lado bom de tudo que acontece.

Low-key, no pressure
Just hang with me and my weather
Low-key, no pressure
Just hang with me and my weather

Logo no começo da canção temos o eu lírico mostrando que embora a melodia da música seja alegre a letra não é tão alegre assim. Low-key significa manter as coisas em segredo então o eu lírico já afirma logo no início da música que é alguém que mantém os próprios sentimentos em segredo e não os compartilha com muitas pessoas. Já o just hang with me and my weather é algo como venha sair ir comigo e o meu humor.

Rose-colored boy
I hear you making all that noise
About the world you want to see
And oh, I'm so annoyed
'Cause I just killed off
What was left of the optimist in me.
Nessa estrofe temos o eu-lírico reclamando do rose colored boy porque ele fala bastante sobre a sua visão positiva do mundo enquanto que o eu-lírico reclama porque não consegue ter essa mesma visão por ter “matado o que restava de otimismo em mim”.

Hearts are breaking, wars are raging on
And I have taken my glasses off
You got me nervous
I'm right at the end of my rope
A half empty girl
Don't make me laugh, I'll choke
Aqui o eu-lírico fala sobre acontecimentos que considera sérios como corações partidos e guerras acontecendo, ela está tão pessimista que fala que está acabando as esperanças e que é para ele não tentar fazê-la rir.

Just let me cry a little bit longer
I ain't gon' smile if I don't want to
Hey man, we all can't be like you
I wish we were all rose-colored too
My rose-colored boy
Low-key, no pressure
Just hang with me and my weather

Eu-lírico demonstra irritação e diz que quer chorar mais um pouco e que não irá sorrir se ela não quiser, ela reclama com ele pois  que nem todos são iguais a ele ou seja não possuem a “visão cor de rosa” sobre as coisas mas depois se contradiz ao desejar que todos fossem como ele, ou seja alguém que é sempre otimista.

I want you to stop insisting
That I'm not a lost cause
'Cause I've been through a lot
Really all I've got is just to stay pissed off
If it's all right by you
Aqui temos o eu lírico de novo irritada como o rose-colored boy por ele insistir em dizer que ela não é um caso perdido, que tudo tem jeito e ela afirma que já passou por muita coisa ruim e que tudo o que ela quer é ficar p**** da vida se isso tiver ok para ele.

Leave me here a little bit longer
I think I wanna stay in the car
I don't want anybody seeing me cry now
You say: we gotta look on the bright side
I say: well maybe if you wanna go blind
You say my eyes are getting too dark now
But boy, you ain't ever seen my mind

O eu-lírico pede para ser deixada sozinha, que quer ficar no carro para que ninguém a veja chorando enquanto o rose-colored boy tenta encorajá-la dizendo para ela ver o lado positivo da situação, ela retruca e diz só se “você quiser ficar cego” ou seja para ela não há nada de positivo para ser visto. Ele fala que os olhos dela estão perdendo o brilho e ela retruca novamente ao afirmar “é porque você nem viu a minha mente”.
Não coloquei a letra inteira aqui porque muitas estrofes se repetem no decorrer da música.

Rose colored boy na minha interpretação fala sobre a amizade entre duas pessoas, enquanto uma está passando por momentos difícieis e só consegue enxergar as coisas em “preto e branco” o Rose colored boy já é diferente, ele é sempre otimista e procura ver o lado positivo e tudo, ele vê tudo “cor de rosa” o que por vezes chega até a irritar o eu-lírico, mas que depois se rende a personalidade solar e alegre do Rose-colored boy e deseja que todas as pessoas fossem como ele.

Acredito que muitas pessoas podem se identificar com a letra da música pois já passaram por momentos ruins e que apesar disso é sempre bom ter um amigo Rose colored boy na vida para mostrar o lado positivo das coisas.


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quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Análise da canção: Viagem Perdida - Plutão Já Foi Planeta

Plutão já foi planeta é uma banda de pop-rock que foi formada em 2013 na cidade de Natal-RN e é composta por Natália Noronha, Gustavo Arruda; Sapulha Campos Vitória De Santi  e Renato Lelis.


Os potiguares ganharam notoriedade nacional após participarem do programa musical Superstar da Rede Globo, a banda terminou o programa em segundo lugar. Em 2017 eles lançaram pelo selo Slap seu primeiro álbum intitulado “A Ultima Palavra Fecha a Porta”.

Durante o programa a banda chamou a atenção do público e dos jurados por tocarem seu repertório autoral que é composto de boas canções diferentemente das demais bandas da disputa que apostaram muito em covers.


As músicas da Plutão são muito radiofônicas e podem virar hits caso haja um bom investimento na divulgação da banda. As letras das canções são muito bonitas e cheia de sutilezas, o que permite que cada ouvinte faça a sua própria interpretação da letra. 

A música que será analisada aqui é a Viagem Perdida, música do EP da banda intitulado “Daqui pra lá”  que foi lançado de forma independente em 2014.

Plutão Já Foi Planeta- Viagem Perdida

Você confia à fumaça
A ida da memória má
Você confia ao copo
O esquecimento do que sempre será tormento

Você confia à leitura
A distração
mas as palavras são apenas para os olhos
a atenção

Você quer ir embora de você
como se você não lhe fosse
todos os destinos possíveis

a ida é sempre volta
a volta, sempre ida
é melhor que fique
é viagem perdida

aqui, na gente
ficar em casa é viajar
aqui e sempre
é lar, é lá

você quer ir embora de você
como se você não lhe fosse
todos os destinos possíveis

você não sabe o que é se perder
e não encontra uma saída
para um destino possível

“Você confia à fumaça a ida da memória má. Você confia ao copo o  esquecimento do que sempre será tormento”
O eu-lírico da canção parece ser alguém dá conselhos a um amigo que procura distrações para não encarar as dores que sente tanto que recorre a bebida e a drogas ilícitas como um meio de escapar dos tormentos que vive.


“Você confia à leitura a distração mas as palavras são apenas para os olhos a atenção”
Os artifícios anteriores usados pelo eu-lírico não funcionaram então ele apelou até para a leitura mas também não funcionou pois apenas distraiu seus olhos e não conseguiu fazer com que ele distraísse a sua mente dos problemas.

 “Você quer ir embora de você  como se você não lhe fosse todos os destinos possíveis”.
   “A ida é sempre volta, a volta  sempre ida . É melhor que fique, é viagem perdida”.

Aqui o eu-lírico desencoraja o amigo a cometer suicídio pois segundo ele o amigo é o dono do seu próprio destino, já na segunda frase o eu-lírico desencoraja o amigo o uso de bebidas e drogas ilícitas pois segundo ele isso seria uma viagem perdida pois o amigo iria voltar para a realidade de sofrimento depois que os efeitos das drogas passassem.


“Aqui, na gente ficar em casa é viajar . Aqui e sempre é lar, é lá “.
O eu-lírico tenta convencer o amigo de que permanecer sóbrio é prestar atenção no seu próprio mundo interno é uma grande viagem e é o seu próprio lar e a distração que ele tanto procura para se aliviar do sofrimento.

“Você quer ir embora de você  como se você não lhe fosse todos os destinos possíveis”
O eu-lírico desencoraja o amigo a cometer suicídio pois segundo ele o amigo é o dono do seu próprio destino.

“Você não sabe o que é se perder e não encontra uma saída para um destino possível”.
O eu-lírico agora é mais duro com o amigo e fala que ele ainda não sabe como é estar perdido e em meio a um grande tormento e que por isso não encontra uma saída para os seus problemas. Enquanto que o eu-lírico passou por um sofrimento no passado e por isso usa da sua experiência de vida para aconselhar o amigo.


Na minha visão Viagem Perdida é uma música que trata com sutileza  de temas como sofrimento e tentativas de fuga de si mesmo. Muitas pessoas que já passaram por momentos ruins podem se identificar com a letra da canção. Plutão já foi planeta é uma boa banda de pop-rock e que merece ter sucesso nacional.


terça-feira, 1 de agosto de 2017

Interesse líquido

Rápido, tá tudo rápido, acelerado, demasiado. O tempo, o vento, o oi, o tchau.  Tchau!’’ diz a canção rápido da cantora Aíla. O trecho da canção me remeteu ao livro Amor Líquido de Zygmunt Bauman que fala sobre a fragilidade dos laços humanos, onde é  rápido conectar-se e é fácil desconectar-se  pois basta apertar um botão e excluir alguém da suas redes sociais e consequentemente da sua vida.

Por que Amor Líquido? algo que está em estado líquido não tem forma definida e se desfaz com facilidade, no caso da comparação com o amor seria um sentimento que muda rapidamente ou sequer existe.
Bauman conseguiu no seu livro falar sobre algo que tem acontecido com frequência depois das mudanças advindas da popularidade  da internet e as redes e aplicativos de relacionamentos.
“A prioridade a relacionamentos em redes, as quais podem ser tecidas ou desmanchadas com igual facilidade - e frequentemente sem que isso envolva nenhum contato além do virtual -, faz com que não saibamos mais manter laços a longo prazo’’. (trecho do release do livro Amor Líquido).
Surge um interesse que às vezes o que não garante que a conversa irá ser levada a diante. Nesses casos o comum desconectar-se, sair como se nada tivesse acontecido e realmente não aconteceu, as conversas não passaram de mero passatempo e que agora não interessam mais. É só deletar como se nada tivesse existido.

O interesse é líquido, em um determinado momento parece ser tão grande em um o outro momento some sem deixar vestígios e deixando algumas  pessoas confusas: como pode mudar tudo tão rápido? Alguns se perguntam.
É tão fácil se conectar e também é mais fácil ainda se desconectar, é só apertar um botão e está tudo desfeito como se nada tivesse acontecido.
Interesse líquido surge rápido e acaba rápido numa velocidade espantosa.
Caso queria se aprofundar nesse tema recomendo a leitura do livro Amor Líquido do autor Zygmunt Bauman.


Imagem obtida em : https://www.lumiun.com/blog/wp-content/uploads/2015/11/Internet-marketing2.jpg
Release do livro Amor Líquido http://www.zahar.com.br/livro/amor-liquido

sábado, 22 de julho de 2017

Soure - a capital do Marajó

Quando se fala em Marajó a primeira cidade que me vem à mente é Soure, ela é considerada a capital do Marajó tanto que logo na entrada da cidade podemos ver essa indicação.
Eu até esse momento não tinha o hábito de viajar, por isso viajar sozinha para um lugar distante (sei que para alguns não é distante mas para mim era distante sim) ia ser uma ótima aventura.


 Resolvi viajar sozinha para Soure em julho, nunca havia estado lá antes e só tinha ouvido falar da cidade através de reportagens na televisão e por conhecidos que já tinham viajado para lá.


Logo que cheguei reparei que as ruas não possuem nomes próprios, elas são nomeadas através de numerais, por exemplo: 4 rua, travessa 16. Perguntei para algumas pessoas o porquê das ruas terem sido nomeadas assim mas ninguém soube me explicar.



O Marajó é conhecido por ter búfalos e em Soure não é diferente, eles fazem parte da rotina da cidade. Quando você for lá lembre-se de experimentar o queijo do Marajó e o doce de leite, vale muito a pena.

O grande destaque de Soure é o seu povo que é hospitaleiro, fui muito bem tratada por todos, sempre foram muito gentis comigo e estavam dispostos a me ajudar no que fosse possível.

Soure possui praias mas só fui a uma, a Praia do Pesqueiro, ela está distante 10km da sede da cidade. O lugar é lindo demais e tranquilo também no dia que fui não tinha som alto o que para mim é muito bom pois é possível ficar a vontade lá.


Enquanto eu estive lá o hit foi a música “No meio do pitiu” da Dona Onete, acredito que essa foi a música mais executada nesse período, ela tocava na rádio, nos carros e havia gente cantando ela também.

O único ponto negativo foi a falta de cobertura de sinal de celular da operadora que eu uso, embora ela diga ser “sem fronteiras” o sinal só conectava na orla e caso você queira se comunicar é melhor comprar um chip de uma outra operadora.


Ficar sem conexão nos primeiros dois dias foi difícil (leia a crônica Sem Conexão neste blog) mas depois me acostumei com isso e foi bom porque assim pude aproveitar melhor a minha estadia na cidade.


Foi muito  bom  sair da capital e passar alguns dias lá e viver uma vida pacata, onde o tempo parece que rende mais.



Soure é um lugar incrível e eu recomendo que você visite a cidade, seja  para viajar  sozinho ou acompanhado. Lembre-se de experimentar o queijo do Marajó e de visitar a Praia do Pesqueiro.

terça-feira, 18 de julho de 2017

Crônica: Sem conexão

O sinal caiu e agora não é possível acessar a internet e nem enviar mensagens instantâneas.

Sem conexão, não é possível ver os memes ou os grandes sucessos das últimas horas, sem conexão, não é possível postar fotos (para que postar?) dos momentos e nem acessar o que acontece na rede social e ver as grandes polêmicas dos últimos minutos. As horas parecem passar lentamente por causa da falta de distrações momentâneas e instantâneas.

Sem conexão, a mente viaja entre passado, presente e futuro. Nessa viagem as lembranças surgem e planos são feitos.

A única conexão disponível agora é a conexão consigo mesmo, voltar o olhar para dentro de si e sair do “piloto automático” da rotina que às vezes só é possível em um momento como esse.

Talvez se o sinal voltar tudo volte a ser como era antes ou pode ser que mesmo assim tudo já esteja diferente, pois a grande conexão é a que a gente tem com a gente mesmo.

terça-feira, 20 de junho de 2017

Análise da canção: A falta que a falta faz – Jay Vaquer


Jay Vaquer é um cantor e compositor carioca, no ano de 2005 lançou o disco intitulado Você não me conhece de onde a faixa A falta que a falta faz foi lançada nas rádios e ganhou um videoclipe que foi exibido com muita frequência nos tempos áureos da antiga MTV Brasil.



Conheci essa música na MTV e sempre gostei dela, muitos anos se passaram e a música voltou à tona na minha cabeça devido a um fim de relacionamento de um conhecido meu, o sujeito foi atingido por um furacão de emoções que o afetou profundamente, mas que agora já se recuperou.

“Outra vez, as coisas ficam fora do lugar
Quando então, começo a me sentir em casa...
 Logo no começo da música o eu-lírico demonstra uma certa tristeza pois enquanto ele já estava se sentindo bem por estar em um relacionamento amoroso, porém é surpreendido pelo término do relacionamento.

“E se o desejo é uma desordem
Um "mãos ao alto, fique onde está!"
sem alarde me recolho, escolho me calar
Nesse trecho o eu-lírico fala sobre o ímpeto da paixão que o dominou a ponto de gerar uma desordem em si mesmo, depois que se dá conta que paixão terminou ele decide ficar calado e se recolher para evitar mais sofrimento para si próprio.

“E nada vai desmerecer tudo que ainda somos
Toda certeza que supomos”
O eu-lírico se mostra aqui um tentando ser otimista, embora saiba que a paixão terminou ele ressalta que nada vai desmerecer o que eles viveram e que eles ainda estão bem, ele admite faz suposições e por isso não tem certeza de nada.

“Mas a vida lá fora
Tá chamando agora
E não demora!
Quem dá mais?
Na falta que a falta faz”
Aqui o eu-lírico se mostra mais esperançoso e demonstra uma urgência em se recuperar do término do relacionamento, é a vida que chama agora para dizer que as coisas continuam. Ele fala no refrão que sente falta de sentir falta da pessoa amada, isso demonstra que ele está tentando se recuperar do fim de namoro.

“Outra vez, meus olhos devem me denunciar
como não reparo no que me atrasa? ”
Embora o eu lírico esteja tentando se recuperar do final abrupto do relacionamento ele demonstra uma certa tristeza no olhar por saber que o relacionamento acabou mas que ele ainda pensa na ex, o que segundo ele é um atraso de vida.

A música A falta que a falta faz trata da aceitação do fim de um relacionamento e das fases que levam a essa aceitação como: a tristeza pelo término, a tentativa de ser otimista frente ao sofrimento, desejo de curtir a vida pois só temos o agora e por último um pouco de melancolia por ainda pensar na ex por mais que isso seja um verdadeiro atraso de vida.

Quem já passou por um furacão de emoções após um término de um relacionamento poderá se identificar com a letra da música de Jay Vaquer e quem sabe ela possa ajudar a pessoa a superar esse momento difícil.






A Falta que a Falta Faz
(Jay Vaquer)

Outra vez, as coisas ficam fora do lugar
Quando então, começo a me sentir em casa...

E se o desejo é uma desordem
Um "mãos ao alto, fique onde está!"
sem alarde me recolho,
Escolho me calar

E nada vai desmerecer tudo que ainda somos
Toda certeza que supomos
Mas a vida lá fora
Tá chamando agora
E não demora!
Quem dá mais?
Na falta que a falta faz

Outra vez, meus olhos devem me denunciar
como não reparo no que me atrasa?

E se o desejo é uma desordem
Um "mãos ao alto, fique onde está!"
sem alarde me recolho,
Escolho me calar

E nada vai desmerecer tudo que ainda somos
Toda certeza que supomos
Mas a vida lá fora
Tá chamando agora
E não demora!
Quem dá mais?
Na falta que a falta faz

E nada vai desmerecer tudo que ainda somos
Toda certeza que supomos
É que vida lá fora
Tá chamando agora
Não demora!
Quem dá mais?
Na falta que a falta faz

terça-feira, 13 de junho de 2017

Mulher Maravilha - O melhor filme da DC

Mulher Maravilha (Wonder Woman, 2017) é um filme estrelado por Gal Gadot e dirigido por Patty Jenkings  e conta a história de Diana Prince desde a sua infância até se transformar na Mulher Maravilha.  O filme se inicia com uma aula de mitologia grega para explicar a origem das Amazonas e qual é a sua missão e o porquê delas permanecerem em Temiscera.

Diana não tem contato com outras lugares do mundo, o conhecimento de mundo dela é restrito a Temiscera, quando ela vai para Londres acompanhar Steve Trevor em uma missão , ela estranha o comportamento das autoridades militares  que a tratam mal e desdenham das capacidades dela  só por ela ser uma mulher.   Na época em que o filme se passa as mulheres ainda eram tratadas como cidadãs de segunda classe e sequer tinham o direito de votar.

Diana se decepciona com o Londres (que simboliza o nosso mundo), pois  o inimigo que ela queria combater  para acabar com a guerra não é somente Ares  e sim algo mais complexo, ela tem um choque de realidade ao  perceber que as pessoas tem seu lado bom e ruim e que a guerra que ela acreditava que era culpa de Ares na verdade tinha outros culpados.
Diana tem um romance com Steve Trevor porém  o romance  não toma conta do filme inteiro porque o grande destaque é a luta da Mulher Maravilha contra Ares e os causadores da guerra.

A Mulher Maravilha é tratada como um super-herói comum, ela não é hiperssexualizada no filme e isso é um grande avanço, pois é muito comum nos filmes de super-heróis usarem a figura feminina somente para explorar o corpo dela e deixar as nuances da personagem de lado.

Um outro fator positivo do filme é que Diana é uma princesa diferente das convencionais, ela vai em busca dos seus objetivos e não precisa de príncipe nenhum para salvá-la, ela própria consegue se defender. O filme  ele oferece as meninas uma representação feminina que é totalmente  diferente das tradicionais princesas Disney que são sempre dependentes dos príncipes

O filme é um grande acerto da DC e demorou muito para uma heroína tão popular como a Mulher Maravilha ganhasse um filme próprio.
A história do filme é muito boa e eu recomendo que assista ao filme no cinema, pois é um dos melhores filmes de super-herói que já foram feitos até agora.

Mulher-Maravilha (2017)
(Wonder Woman)
País: Estados Unidos
Classificação: 13 anos
Estreia: 1 de Junho de 2017
Direção: Patty Jenkins
Roteiro: Jason Fuchs