2003 foi um ano bem legal para a cultura pop, nesse ano Pitty lançou seu aclamado cd Admirável Chip Novo, Avril Lavigne fazia o maior sucesso com o seu álbum de pop rock, o Let go. A dupla russa T.a.t.u fez um enorme sucesso na música pop e conquistou os EUA, Madonna, Britney Spears e Christina Aguilera chocavam o mundo ao darem o icônico beijo na premiação VMA daquele ano.
2003
também é o ano de uma das novelas que eu mais gostei de assistir na vida que
foi Mulheres Apaixonadas. Eu gostava muito da trilha sonora que trazia as
músicas mais famosas da época como Vivir
Sin Aire tema de Clara e Rafaela, I´m with you da Avril Lavigne, Disease da
banda Matchbox twenty. Elas faziam sucesso no recreio da minha escola de ensino
fundamental. Outra coisa que eu gostava eram das histórias apresentadas no folhetim
de Manoel Carlos.
Cenas
da novela Mulheres Apaixonadas viralizaram nesta semana nas redes sociais. A
cena se passava na escola e trazia a diretora Helena (Cristiane Torloni)
confrontando a aluna Paulinha (Ana Roberta Gualda) sobre a homofobia da
estudante. Paulinha faz comentários
homofóbicos sobre o relacionamento de duas outras alunas, Clara interpretada
por Aline Morais e Rafaela que foi interpretada por Paula Picarelli.
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| As personagens Clara e Rafaela |
A
cena viralizou porque Helena questiona Paulinha sobre porque ela se incomoda
tanto com o relacionamento das colegas e no que isso afeta a vida dela. A sequência
é muito boa e mostra um show de interpretação da atriz veterana Cristiane
Torloni com a estreante Ana Roberta Gualda que mesmo sendo tão jovem à época conseguiu
compor muito bem a personagem e convencer como a odiosa Paulinha.
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| Cena que viralizou nesta semana |
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| Clara e Paulinha |
Mulheres Apaixonadas foi uma novela que trouxe para o horário nobre da TV Globo casal Clara e Rafaela que suscitou debates sobre orientação sexual e preconceito. Foi a primeira novela que eu assisti e que lembro que apresentou esses temas na a mídia.
Lembro
também que na época uma das edições da revista Capricho que trazia a dupla
russa T.a.t.u na capa, tinha uma
entrevista com as atrizes Aline Morais e a Paula Picarelli além de uma entrevista
de um casal da vida real. Capricho era uma revista para adolescentes bem
popular na época e foi importante ela falar sobre preconceito.
Em
2003 a internet ainda não era acessível a todos, não existiam Lan house,os
celulares não acessavam a internet, não havia redes sociais e ainda não existia YouTube. Quem queria
saber mais sobre orientação sexual e homofobia tinha que recorrer a livros,
revistas impressas e programas de televisão como a novela Mulheres Apaixonadas.
No
final da trama ocorreu o tão esperado beijo das personagens, foi uma cena rápida
e insípida mas para a época foi um grande avanço mostrar esse beijo no horário
nobre da maior emissora de TV do Brasil.
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| O tão esperado beijo das persongens |
O
folhetim de Manoel Carlos teve uma
importância muito grande na época por trazer o tema preconceito para o debate e
quase 20 anos depois homofobia ainda é
um tema ainda atual e mostra que ainda
há uma longa jornada contra o preconceito.
Deixo abaixo um vídeo das cenas de Clara e Paulinha para você relembrar ou ver pela primeira vez como essa personagem era insuportável
Que demais 😍😍😃!!! Eu amo ler suas postagens. Nossa nem imaginava que essa novela tratou temas tão relevantes, ainda mais para um assunto que para muitos ainda é tabu. Não assisti a novela, mas agora estou intrigada a rever essas cenas que vc narrou.
ResponderExcluirEm 2003 eu era só uma menina, de apenas 9 anos... Não me era permitido assistir esse tipo de conteúdo, até porque né... Naquele tempo tudo era mais "rigoroso" e eu era uma criança.
ResponderExcluirPorém, sempre fui muito observadora e respeitosa, lembro que já nessa época, eu tinha conhecimento de pessoas que mantinham uma relacionamento lésbico e sempre respeitei muito,até porque uma dessas pessoas era uma tia minha. (Ex mulher do meu tio,na verdade)
Tendo em vista que hoje, a homofobia ainda seja tão comum, posso imaginar o avanço que foi essa novela, em meio a uma sociedade tão preconceituosa! Hoje eu tenho experiências próprias, meus próprios conhecimentos e vivências e seria IMENSAMENTE feliz se na vida (atualmente) pudéssemos de fato viver sem medo,sem precisar se reprimir ou simplesmente ser feliz com quem quer que seja, sem que isso "ferisse" os valores de ninguém. De 2003 pra cá, muita coisa mudou e melhorou, eu sei, mas, é uma pena que tanta coisa ainda tenha que melhorar, pois uma cena de 18 anos atrás, ainda é tão real em 2021, que só consigo pensar no quão mente fechada algumas pessoas são! Maaaaaas, que o tempo as melhores,para que assim possamos ser melhores também, vivendo e convivendo com quem quer que seja, sem medo de ser feliz ou de julgamentos desnecessários, afinal, nossas escolhas não afetam a vida de ninguém. As pessoas só precisam aprender isso! Parabéns, Su. Te admiro! Com carinho, Carol! Bjs