segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Tronicbox faz incríveis remixes com a sonoridade dos anos 80 para as músicas pop atuais .


Tronicbox é um canal do youtube que é especialista em fazer remixes de músicas pop atuais para transformá-las em músicas com sonoridade dos anos 1980s. Entre os artistas que ganharam remixes estão Justin Bieber, Ariana Grande, Katy Perry e Rihanna, esses remixes são incríveis e ficam muito melhores que as versões originais das músicas.



Se você assim como eu adora o som de contrabaixo, ouça  essa versão anos 80 de Slegehammer do grupo Fifth Harmony que ficou incrível, o som de contrabaixo dessa música é maravilhoso. Além do contrabaixo, os vocais ficaram excelentes muito melhores que na versão original da música.

           

Filme: Dr. Estranho - Um dos melhores filmes da Marvel

Dr. Estranho (2016) é um filme dos estúdios Marvel e conta a história do cirurgião Stephen Strange que leva uma vida bem-sucedida como neurocirurgião. Sua vida muda repentinamente após um acidente de carro onde ele fica com as mãos debilitadas, o que o impede de exercer a sua profissão. Por causa dos tratamentos malsucedidos da medicina tradicional, Strange parte para o oriente em busca da cura, mais precisamente para o Nepal, lá ele chega em um lugar místico chamado Carmatage onde aprende a se autoconhecer e a desenvolver seus poderes místicos.
O filme do Dr. Estranho é um dos melhores dos estúdios Marvel e é uma tentativa de atingir o público adulto pois ele aposta em um roteiro mais denso e também na psicodelia.  Eu gostei bastante do filme porque ele apresenta mesmo que de forma superficial temas filosóficos como a finitude do tempo e a transformação das coisas, temas esses que o público adulto pode se identificar.

Os temas do filme me tocaram bastante porque eu havia perdido recentemente um grande amigo, o Magno, por isso temas finitude do tempo e a transformação das coisas fizeram bastante sentido para mim.
A psicodelia aparece em vários outros momentos do filme como as viagens astrais que Strange é submetido, quanto no momento em que Stan Lee aparece em cena lendo o livro Portas da Percepção do autor Aldous Huxley, famoso autor de ficção científica ( inclusive esse livro inspirou Jim Morrison a batizar sua banda como The Doors).

Para mim os únicos pontos fracos no filme são o uso de piadas em momentos desnecessários, às vezes está tendo uma cena séria e surge uma piada sobre a Beyoncé acho que isso que atrapalha um pouco o filme.

 Eu recomendo que você assista ao filme pois ele é muito bom, é acima da média para um filme de super-herói da Marvel e ainda apresenta temas filosóficos mesmo que seja de maneira pouco aprofundada, esses temas podem instigar uma boa reflexão. 

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Magno – lembranças de um grande amigo.

Eu fui durante muito tempo uma pessoa reclusa e que não tinha muitos amigos.  Nessa época eu passava muito tempo trancada no meu quarto dentro do meu universo paralelo da imaginação, foi quando eu conheci o Magno em meados de 2007 e nós nos tornamos amigos.


Ele foi um grande amigo e esteve presente em vários momentos da minha vida, nós compartilhamos momentos bons e outros nem tão bons assim. Era com ele que eu podia abrir o meu coração (é uma expressão que eu costumo usar), a gente conversava durante horas sobre os mais variados assuntos, em todas as vezes ele sempre me ouvia atentamente e nunca me julgava, ele me alertava sobre perigos e me dava conselhos. Foram 9 anos de convivência com ele e durante esse tempo me ajudou a sair do meu universo paralelo e a ser mais sociável.


Eu estive com ele no dia 23 de outubro de 2016 era para ser mais uma de visita minha onde conversamos durante horas como sempre fazíamos, na hora que eu saí de lá não sabia que seria a última vez que o veria, até que horas depois naquele mesmo dia ele veio sofrer o acidente que o vitimou.


Todos sabemos que uma hora iremos partir, porém não sabemos quando e nem as circunstâncias da partida, ele se foi e as lembranças desses nove anos de amizade permanecerão para sempre.


Filme The Runaways, a versão da Joan Jett para a história da banda.

The Runaways –o filme é o primeiro longa-metragem roteirizado e dirigido por Floria Sigismondi que é mais conhecida por dirigir videoclipes, entre os que ela dirigiu estão: Pink –Try, Incubus – Megalomaniac, Christina Aguilera –Fighter entre outros. Em 2010 ela recebeu o desafio de transportar para o cinema a história da banda The Runaways no período entre 1975-1977 do ponto de vista de Cherie Currie, a vocalista da banda.  


Nos anos 70 The Runaways era uma banda composta somente por mulheres e foi uma das pioneiras no estilo musical a falar de sexo, drogas e rock ´n´roll o que na época era uma afronta aos padrões comportamentais exigidos das mulheres naquele período.
As atrizes (acima) e as Runaways (embaixo)
No contexto em que a banda estava inserida os questionamentos propostos pelo feminismo estavam começando a ganhar destaque na mídia, e na música o punk rock de bandas como The Clash e Sex Pistols estava em alta.

O filme mostra a ascensão e queda da banda e foca mais precisamente em Joan Jett (que anos depois faria sucesso ao lançar o disco com os Blackhearts e que é mais conhecida pelo seu hit I love rock n roll) e Cherie Currie, elas são interpretadas pelas atrizes Kristen Stewart (Joan Jett) e Dakota Fanning (Cherie Currie).
Cherrie Currie (Dakota) Joan Jett (Kristen)

Os pontos altos do filme são a  trilha sonora e a  interpretação de Kristen Stewart  que está ótima como Joan Jett e que nada lembra as atuações apáticas de filmes anteriores, parece que esse foi o primeiro papel que Kristen estava confortável de interpretar. 


Para compor a personagem Kristen conviveu e entrevistou Joan Jett durante alguns meses para poder pegar os trejeitos da cantora.
Joan Jett e Kristen Stewart no set de filmagem

A trilha sonora é outro destaque pois contém músicas das The Runaways, algumas músicas da banda foram regravadas por Kristen e Dakota, também há músicas de Iggy Pop, Suzy Quatto e David Bowie.


Os pontos fracos na minha opinião foi a história ser contada de modo muito rápido e ter feito da guitarrista Lita Ford a vilã da história, outro ponto fraco são os cortes bruscos em acontecem em algumas cenas e que remete ao estilo como os videoclipes são editados, essa é uma influência que Floria Sigismondi trouxe de sua experiência prévia como diretora de videoclipes e que às vezes durante o filme pode confundir o telespectador.



O filme é bom como entretenimento ,vale a pena baixar a trilha sonora do filme  e  caso você queira se aprofundar sobre a história da banda sugiro que assista o documentário  Edgeplay: A Film About the Runaways.



sábado, 17 de dezembro de 2016

Rizzoli & Isles - e o uso do queerbating para atrair espectadores



Rizzoli & Isles é uma série de TV baseada nos livros de Tess Geritssen, a série conta a história de duas amigas, a detetive Jane Rizzoili (Angie Harmon) e da médica legista Maura Isles (Sasha Alexander)  que trabalham na divisão de homicídios do departamento de polícia de Boston.

Elas possuem personalidades bastante diferentes, Rizzoli é intempestiva, “durona” , tem um humor sarcástico e às vezes chega até ser rude, enquanto Isles é comedida, detalhista, intelectual e por vezes chega a ser racional demais, Isles às vezes mostra uma inabilidade social e por conta disso paga de vez em quando alguns micos. Embora sejam bem diferentes as personagens têm uma sintonia incrível o que rende vários momentos engraçados. 
O que mais gosto nessa série é  que além dos casos  de polícia a série também aborda a relação de amizade entre as duas, relação essa que rende vários momentos hilários e que são um respiro em meio a tensão da investigação criminal. Entre as personagens não há rivalidade e tampouco competem para conseguir a atenção de namorado coisa que é muito comum em outras séries com protagonistas femininas, no decorrer da história elas tem alguns namorados mas isso não é a parte central dos episódios.



Jane Rizzoli & Maura Isles

A série já foi acusada por alguns críticos de usar o queerbating para atrair audiência, o queerbating é uma estratégia midiática utilizada por alguns seriados, filmes e novelas ao promover tensão romântica ou encorajar um relacionamento amoroso entre dois personagens do mesmo gênero com o intuito de atrair o mercado queer*. Em seguida, o relacionamento entre os personagens  é negado, a história  e o comportamento dos personagens são modificados (fazendo-os inserir uma relação de gênero oposto) e os atores são instruídos a negar em entrevistas qualquer envolvimento amoroso entre os personagens.

O queerbating é uma forma que alguns meios de comunicação encontraram para ganhar a audiência e lucrar com os  espectadores queer e sem oferecer representatividade a esse público.
O fato é que a série se utilizou do queerbating algumas vezes, tanto que o site americano Afterellen fazia análises do subtexto da série. Controvérsias à parte Rizzoli & Isles é uma bom programa de TV que tinham mulheres como protagonistas e com histórias bem elaboradas, Rizzoli & Isles que não tinham como único objetivo da vida arranjar um marido ou rivalizar com outras mulheres.


Caso você queira assistir a série recomendo que assista aos episódios legendados porque na minha opinião as dublagens que foram feitas não ficaram boas o suficiente e não combinam com as personagens.


*Queer é uma palavra proveniente do inglês usada para designar pessoas que não seguem o padrão da heterossexualidade ou do binarismo de gênero. O termo é usado para representar gays, lésbicas, bissexuais e, frequentemente, também as pessoas transgênero ou transexuais, de forma análoga à sigla LGBT. Fonte : https://pt.wikipedia.org/wiki/Queer

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Filme: Caça-Fantasmas 3 - Holtzmann rouba a cena

Caça-fantasmas 3   (Ghostbusters 3, 2016 )   é um filme do diretor Paul Feig e tem as atrizes Kate McKinnon (Hotlzmann) Kristen Wiig (Erin) Leslie Jones ( Patty) e Melissa McCarthy (Abby) como protagonistas desse filme. Essa nova versão de Caça-fantasmas foi uma tentativa do estúdio Sony em reativar a franquia de filmes para  atingir  tanto um novo público que não conhecia os filmes quanto o público dos filmes anteriores.
A história de Caça-fantasmas 3 se passa em Nova Iorque onde aparições sobrenaturais estão ocorrendo e amedrontando os habitantes da cidade, Holtzmann, Erin, Patty e Abby se reúnem para investigar porque esses fenômenos estão ocorrendo e combater os fantasmas.


O filme é uma comédia que é permeada por bons momentos de ação, a melhor cena de ação na minha opinião é quando Holtzmann combate os fantasmas sozinha. As atrizes estão muito bem nas personagens e rendem ótimos momentos de humor, a personagem que mais se destaca sem sombra de dúvidas é a Holtzmann, quando ela aparece pela primeira vez na tela já rouba para a cena para si, é incrível como a atriz Kate McKinnon conseguiu construir sua personagem sem resvalar na caricatura e transformar sua carismática Holtzmann  que tem poucas falas durante o filme na personagem que é o grande destaque do filme. A escolha de Kate McKinnon para interpretar a Holtzmann foi acertada pois acredito que se ela fosse interpretada por outra atriz iria ficar uma personagem caricaturada.



Minha personagem favorita do filme é a Holtzmann porque eu consegui me identificar com ela em vários aspectos, fazia muito tempo que isso não acontecia, tanto que o nome deste blog é “Glorious Weirdo” em alusão à ela pois foi assim que o diretor Paul Feig definiu a personagem em entrevistas.
Caça-fantasmas 3 é um bom filme que mistura comédia com momentos de ação.



 Entretanto, ele não atingiu a bilheteria esperada devido a um boicote liderado por um fandom  que se opôs a aceitar mulheres como novas  protagonistas da franquia Caça-Fantasmas. Controvérsias à parte, o filme é bom e vale a pena ser assistido, ele já está disponível em Dvd e Blu Ray.


terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Anyone but Me é uma história de amor e representatividade em websérie do Youtube

Anyone but me é uma websérie que foi desenvolvida pelas autoras Susan Miller e Tina Cesa Ward de 2008 a 2011. As temporadasestão disponíveis no Youtube, cada episódio dura entre seis a quinze minutos. Eu adoro essa série porque ela me ajudou a aprender inglês e também me ajudou a me aceitar do jeito que sou ao mostrar que não tem nada de errado em ser o que se é.



O enredo principal da série é a história de amor entre Vivian (Rachael Hip-Flores) e Aster (Nicole Pacent). Vivian mora com seu pai em Manhattan, por causa da doença dele que foi ocasionada pelo estresse pós-traumático que sofreu após os atentados de 11 de setembro, eles se mudam para uma a casa de uma tia em uma cidade próxima, ela precisou mudar de escola e fazer novos amigos, essas mudanças abalam o relacionamento de Vivian e Aster, e a série mostra o casal tentando superar as dificuldades e ficar junto.


Poderia ser mais uma série sobre conflitos adolescentes mas Anyone But Me não se resume a isso, o tema principal da trama é a história de amor das personagens e os altos e baixos dessa relação. Vivian e Aster são um casal que tem uma química incrível e é impossível não torcer para que elas terminem juntas. 


Anyone But Me é muito especial para mim pois foi a primeira representação de casal lgbt que eu assisti que teve uma história muito bem desenvolvida, pois já tinha assistido casais em novelas e em outras séries mas nessas tramas a história era muito superficial. 


Era muito legal assistir a história delas e ora se identificar como a Vivian e outras com a Aster, e se ver representada de alguma forma na série.


Depois que a série terminou de ser gravada foi lançada tempos depois no próprio Youtube o “Anyone but me: lost scenes” que consiste em roteiros da série que não haviam sido gravados, essas lost scenes se passam em um apartamento  onde só estão Vivian e Aster encenando partes de vários momentos das temporadas, o mais incrível é a sintonia das atrizes Nicole Pacent e Rachael Hip-Flores que voltaram a interpretar o casal Vivian e Aster mesmo depois de tanto tempo do final da série e ainda assim mantiveram a química maravilhosa do casal.

Vivian & Aster no Anyone But Me Lost Scenes

Assista abaixo o primeiro episódio da série Anyone But Me.



Sammliz se reinventa musicalmente ao lançar seu cd Mamba

Eu conheci o trabalho da Sammliz em 2004 quando fui assistir a um show da Pitty que  era a atração principal de um festival chamado Hallow Rock, que teve bandas de abertura:  Álibe de Orfeu, Stigma, Suzana Flag e a Madame Saatan, a  banda que a Sammliz era a vocalista. Logo a Madame Saatan me chamou a atenção pelo som pesado que a diferenciava das demais bandas  do festival quanto pela voz e presença de palco da Sammliz, saí daquele show encantada com ela e desde então passei a acompanhar a  Madame.

Eu cresci ouvindo a Madame Saatan e fui a muitos shows da banda e acompanhei tantos outros pela TV, eu não me esqueço das memoráveis apresentações da Madame Saatan no festival Memorial do Rock onde o público vibrava e cantava em uníssono  cada música da banda que nessa época estava divulgando o Ep intitulado O Tal do Caos que continha músicas como Apocalipse, Prometeu, Caos, Vingança, Messalina Blues e Pão e Círculo que são grandes clássicos.
Em 2014 a banda anunciou o seu encerramento, o que para mim não foi uma novidade pois ela já havia perdido o seu baterista original, o Ivan Vanzar e o seu baixista também da formação original o Ícaro Suzuki e já estava fazendo shows com um baterista e um baixista substituto.

Em 2016 Sammliz surge em carreira solo e lança seu primeiro cd solo que é intitulado Mamba e mostra que conseguiu se reinventar mesmo após 11 anos como vocalista da Madame Saatan, esse trabalho é bem diferente do heavy metal de sua antiga banda, em Mamba Sammliz mistura o rock com batidas eletrônicas. As músicas que mais gosto são “Oyá” “Mamba” e “Fucking Lovers.
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Logo na capa do cd  temos a foto da Sammliz  cobrindo o rosto, o que nos remete a orixás pois alguns deles cobrem o rosto com adereços. O nome  do disco também tem um significado pois Mamba é o nome de uma classe de serpentes africanas que são as mais venenosas do mundo. Outra coisa que merece destaque é o fato de que a maioria das canções tem nomes femininos Mamba, Oya, Lupita, Aurora, Magnólia. Acredito que essas referências são importantes para entender o disco.

A primeira música do disco é Mamba, a letra fala sobre a sensualidade feminina e faz referência à serpente africana.

Oya é a faixa com mais elementos eletrônicos do disco, Oya é um  orixá feminino ( que também é conhecida como Iansã)  e está associada as águas, furacões, tempestades e raios e  na letra da música faz alusão a isso.

A faixa que mais gosto é Fucking Lovers que é a faixa mais pesada do disco, a letra fala sobre um relacionamento fracassado e na parte que Sammliz fala "nas fendas daquelas sete saias girando" é uma referência a entidade mística pomba-gira (que também é conhecida como pomba-gira sete saias). Essa música é tão boa que merece um videoclipe.

A  música Aurora faz referência a deusa de mesmo nome, Aurora é a deusa do amanhecer segundo a mitologia romana, ela  segundo essa mitologia  renovava-se todas as manhãs e voava pelos céus anunciando a chegada do amanhecer.

Na faixa Magnólia Sammliz fala de uma mulher perseverante  que conseguiu superar momentos difíceis como podemos ver no refrão: "Magnólia é você, o quanto amou e morreu com magnólias em você" o refrão fica mais claro quando analisamos a flor Magnólia que é tida como um símbolo da perseverança e beleza. Na China a flor é associada à nobreza.


Acredito que Sammliz quis nesse cd mostrar a sua perspectiva feminina nas letras e colocar o protagonismo feminino no disco inteiro além de fazer sutis alusões a entidades místicas afro-brasileiras. Os  antigos fãs da Madame Saatan quanto as pessoas que estão descobrindo agora o trabalho da Sammliz irão gostar do disco.