As
redes sociais já fazem parte da vida da maioria dos brasileiros desde meados de
2008, nesse período quem não tinha computador tinha a opção de ter acesso a
internet por hora nas lan houses, nelas a maior demanda de acessos eram para a
rede social Orkut e ao jogo Counter
Strike.
Os
anos se passaram e o acesso a computadores e smartphones se ampliou e as lan
houses entraram em declínio. Porém o uso das redes sociais aumentou, saiu de
cena o Orkut e entraram o Instagram e o Facebook.
Nesse
cenário de popularização das redes sociais as empresas e figuras públicas
tiveram que aderir às redes, se conectar com o público, estabelecer um contato
mais próximo com eles e também divulgar trabalhos, produtos e serviços.
Uma rede social se faz de relacionamentos, o público quer ter um ligação mais próxima com as empresas e figuras públicas, por isso é importante oferecer conteúdo e principalmente interagir com os seguidores, ou seja, responder a comentários deles, fazer enquetes e mostrar bastidores da criação do trabalho ou produtos.
Pelo que percebo os seguidores buscam uma humanização das marcas,
produtos ou serviços, querem saber que há uma pessoa que interage por trás de
cada perfil e não apenas um perfil “frio”, sem vida e robótico que só tem como
foco vender o que quer que seja.
Decidi escrever sobre dois casos bem sucedidos que eu acompanho nas redes sociais aqui em Belém, um no Facebook e outro no Instagram.
O primeiro caso é o personagem "Estagiário do Dol" na página do Diário do Pará (DOL) no Facebook, acompanho a página há muito tempo e percebi que a equipe que gerencia essa página aproveitou que algumas pessoas criticavam as matérias e que diziam de ter sido escritas por um estagiário e criaram oficialmente o personagem.
O
Estagiário do DOL faz legendas engraçadas das reportagens publicadas sendo que algumas
delas por vezes são de gosto duvidoso.
Além disso o Estagi (como é carinhosamente
chamado por alguns dos seguidores) costuma responder de forma cômica aos
comentários dos seguidores e com isso aumenta o engajamento para a página.
Interação do personagem com os seguidores |
Uma coisa curiosa do personagem Estagiário do DOL é a predileção dele por notícias da cantora pop Pablo Vittar, ele a adotou como musa e sempre que possível há notícias dela na página.
As postagens sobre a cantora estão sempre entre as reportagens mais acessadas no DOL. Alguns leitores reclamam delas e comentam nos posts, o que eles não sabem é que quanto mais comentários um post tem faz por aumentar mais o alcance e o engajamento na página.
Estagiário do DOL e sua musa inspiradora Pablo Vittar |
O personagem é a grande estrela da página do facebook do Diário do Pará (DOL), ele fez o número de seguidores aumentar e ainda garante informação e entretenimento para o público que acompanha.
Outras páginas tentaram replicar a
ideia do personagem estagiário, mas não obtiveram sucesso pois o Estagiário do
DOL é único. E é um grande caso de sucesso de gerenciamento e criação de
conteúdo para a rede social Facebook.
No
Instagram sigo o perfil da cantora Sammliz que criou há meses atrás o quadro
“Irmã Sammileny responde” que é um quadro de conselhos. As histórias são as
mais variadas, com destaque para os dilemas sentimentais dos seguidores.
Ele funciona assim: seguidor envia um relato na caixa dos stories,
ela lê e depois dá conselhos espirituosos e empáticos como se fosse uma irmã
mais velha da pessoa.
O
quadro tem feito sucesso no Instagram da cantora e a periodicidade dele
aumentou durante a quarentena, antes o quadro era sazonal, acontecia por volta
de cinco em cinco meses e agora é, em média a cada duas semanas.
Com
o “Irmã Sammileny’’ a Sammliz tem conseguido se conectar mais com os seguidores,
aumentar o alcance e o engajamento demais posts e eles por sua vez pelo que eu percebo se sentem mais próximos
dela de alguma forma pois sabem que é a artista que está ali e não uma assessoria
no comando do perfil.
Estagiário
do DOL e Irmã Sammileny são dois casos de sucesso, um no Facebook e outro no
Instagram. Ambos perfis fazem o que a maioria dos perfis de figuras públicas e
empresas poderiam fazer que é estabelecer uma relação mais próxima com o seu
público que quer se conectar de alguma forma e não apenas consumir o trabalho,
produto ou o que quer que seja.
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