O
filme Bohemian Rhapsody estreou no Brasil no dia 1 de novembro e finalmente os
fãs.do grupo puderam assistir ao filme que já havia sido especulado durante
anos. Sacha Baron Cohen estava escalado para interpretar o Freddie Mercury mas
teve divergências criativas com os membros do Queen, Brian May e Roger Taylor e
por isso foi retirado do projeto.
Rami
Malek foi escolhido para interpretar o Freddie Mercury e logo levantou
desconfianças de alguns fãs da banda que não o achavam parecido com o cantor.
Malek fez um excelente trabalho ao interpretar Freddie Mercury até os
movimentos corporais do cantor ele conseguiu reproduzir muito bem, para isso
ele teve a ajuda de uma movement coach
que o ajudou a aprender todas as
movimentações que o cantor fazia no palco.
O
filme mostra a formação da banda, apresenta a Mary Austin que foi a grande
amiga do Freddie, mostra o lançamento dos primeiros discos, também o auge e
alguns problemas que a banda teve.
Freddie Mercury (Rami Malek) e Mary Austin ( Lucy Boynton) |
A
intenção do filme é apresentar o Queen para um público que ainda não o conhece e
faz isso muito bem pois consegue recriar como o Queen se apresentava nos shows.
As cenas do Live Aid são incríveis e conseguem mostrar toda a maestria do grupo
no palco e o magnetismo do Freddie Mercury que conseguiu fazer que o estádio de
Wembley inteiro interagisse com ele como na parte que o estágio inteiro bate
palmas no ritmo da canção Rádio Gaga.
Se
você conhece a história da banda vai perceber muitas incongruências
cronológicas como nos lançamentos das músicas, por exemplo a música “Another
one bites the dust” faz parte do disco “The Game” de 1980 porém o filme dá a
entender que ela foi lançada bem depois ou quando o filme mostra o Queen nos
anos 70 no primeiro Rock in Rio que na verdade aconteceu em 1985. A reunião que
os integrantes fazem para decidir que todos os membros do Queen seriam
creditados como compositores não importando quem tivesse escrito a música
ocorreu em 1989 durante as gravações do álbum The Miracle e não em 1985.
Essas
licenças poéticas sobre a cronologia dos fatos apresentados no filme me
confundiu um pouco, tinha vezes que eu não sabia em que ano estava se passando
a história.
O
filme decidiu não explorar muitas polêmicas da carreira da banda como o fiasco
de vendas do álbum “Hot Space” que gerou problemas entre os integrantes ou como
o Queen ficou mau visto com a imprensa inglesa ao aceitar tocar na África do sul
no auge do Apartheid enquanto vários artistas estavam se recusando a tocar lá
como forma de boicote ao regime político vigente naquele momento.
Brian
e Roger resolveram fazer um filme que pudesse atingir o maior número de pessoas
possível e por isso se esquivaram de mostrar a história da banda como ela
realmente foi.
Se
você já é fã do Queen e quer saber mais sobre a biografia do grupo é melhor
assistir os documentários já lançados.
Para
quem não conhece a história do Queen é um bom entretenimento pois apresenta o
melhor da banda.
Brian
May e Roger Taylor quiseram por meio deste filme apresentar o Queen para novas
gerações ao invés de fazer uma cinebiografia de verdade. O filme é nota 10 como
entretenimento e eu sugiro que assista para tirar as suas próprias conclusões.
Título
original: Bohemian Rhapsody
Nacionalidade:
EUA
Gêneros:
Biografia, Musical, Drama
Ano
de produção: 2018
Estréia:
01 de novembro de 2018 (Brasil)
Duração: 2h 14min
Classificação:
14 anos
Direção:
Dexter Fletcher, Bryan Singer
Roteiro:
Anthony McCarten, Anthony McCarten
Produção:
Robert De Niro, Bryan Singer, Jim Beach, Richard Hewitt, Graham King, Brian
May, Arnon Milchan, Denis O’Sullivan, Peter Oberth, Jane Rosenthal, Roger
Taylor
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