domingo, 11 de dezembro de 2022

Filme Serial Kelly: uma tragicomédia policial

Assisti ontem ao filme Serial Kelly que tem a cantora Gaby Amarantos como a protagonista. A sinopse do filme é  Kelly é uma cantora de forró que está em turnê pelo nordeste brasileiro e por onde ela passa deixa destruição e mortes. O diretor Renê Guerra usa a protagonista para falar sobre falso moralismo, hipocrisia social, sexo e violência.


Uma das coisas que me chamou a atenção foram algumas frases ditas por personagens como na cena que o policial vai até a cena de um crime, há uma travesti morta e a delegada quer empenho dos policiais em resolver quem matou a pessoa, nessa hora o policial fala algo como "isso é uma travesti, essa gente sempre  tá envolvida com o que não presta". Nessa parte é demonstrado o desdém desse policial com a vítima de violência só por ela ser uma travesti.


A delegada e os policiais

Outra cena é quando os policiais se recusam a obedecer as ordens da delegada só por ela ser mulher, tratam ela como se ela fosse inferior. O tema de disparidade de gênero na instituição policial não é aprofundado no filme mas deveria.



O filme é previsível, não há surpresas no roteiro, o telespectador ao começar a assistir ao filme e em 30 minutos já consegue dizer qual será o desfecho. Gaby Amarantos fez um bom trabalho até porque a personagem não exige muito, está dentro da zona de conforto dela interpretar uma cantora. Os personagens são rasos e por vezes caricatos, faltou no roteiro aprofundar a história deles.

Se eu fosse atribuir uma nota pra esse filme seria 5 porque ele não traz nenhuma reviravolta ou um desfecho inesperado, é tudo muito previsível. 


Direção:

René Guerra

Distribuição:

Vitrine Filmes

Coprodução:

Bananeira Filmes, Globo Filmes

Roteiro:

René Guerra, Marcelo Caetano


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